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Ex-administrador e advogados: veja os alvos de ação contra grilagem

Entre os integrantes de três facções investigadas por grilagem de terras estão empresários, agiotas, advogados e agentes públicos

atualizado

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Operação contra grilagem de terras 30ª DP
1 de 1 Operação contra grilagem de terras 30ª DP - Foto: Divulgação/PCDF

O ex-administrador de São Sebastião, Alan Valim, além de empresários, agiotas e advogados, estão entre os alvos de mandados de prisão e busca e apreensão cumpridos pela 30ª Delegacia de Polícia (São Sebastião), na manhã desta terça-feira (19/7), para prender grileiros que movimentaram R$ 20 milhões com falso cartório no Distrito Federal.

A Operação Non Domino visa desarticular três organizações criminosas atuantes na prática de grilagem de terras em São Sebastião.

Veja imagens das buscas:

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Policiais cumpriram 33 mandados
Os criminosos também chegaram a montar um falso cartório em São Sebastião para emitir documentos falsos
Os grupos movimentaram cerca de R$ 20 milhões com a atividade ilegal
A polícia cumpriu um dos mandados de busca e apreensão na casa de um ex-administrador regional do DF
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Operação foi deflagrada pela 30ª DP (São Sebastião)

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Policiais cumpriram 33 mandados

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Os criminosos também chegaram a montar um falso cartório em São Sebastião para emitir documentos falsos

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Os grupos movimentaram cerca de R$ 20 milhões com a atividade ilegal

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A polícia cumpriu um dos mandados de busca e apreensão na casa de um ex-administrador regional do DF

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De acordo com a 30ª DP, desde as 6h, policiais civis estão nas ruas e cumprem 43 mandados judiciais, entre prisões preventivas, buscas domiciliares, em empresas e em escritórios de advocacia e mandados de monitoramento eletrônico.

Segundo a PCDF, duas das três organizações criminosas identificadas durante a investigação são lideradas por empresários e agiotas que há décadas se dedicam à invasão e ao parcelamento clandestino do solo urbano em São Sebastião, obtendo lucros milionários e promovendo um complexo esquema de lavagem de dinheiro para ocultar vasto patrimônio adquirido ilicitamente.

As apurações apontam que as facções atuavam na região administrativa desde 2017. Os grupos movimentaram cerca de R$ 20 milhões com a atividade ilegal.

Após parcelarem as terras, os criminosos as vendiam por meio de contratos de Cessão de Direito, normalmente com firma reconhecida. Os criminosos também chegaram a montar um falso cartório em São Sebastião a fim de emitir os documentos falsos.

Para camuflar a origem criminosa das quantias ilícitas, os suspeitos se utilizam, principalmente, de laranjas, inclusive um cobrador de ônibus de uma companhia local, que recebeu em sua conta milhões de reais nos últimos anos, e empresas fantasmas.

As investigações apontam que, após ocultaram e dissimularem a origem dos valores, os criminosos investiam em agências de veículos, academias e lojas de material de construção.

“Tão grave quanto a atuação dos grileiros, são os indicativos de que os líderes recebiam apoio de agentes públicos, os quais, em vez de cuidarem do interesse público, perverteram os valores que deveriam ser protegidos”, destacou o delegado-chefe adjunto da 30ª DP, Ulysses Luz.

De acordo com o investigador, os envolvidos são investigados por organização criminosa, lavagem de dinheiro, parcelamento irregular do solo urbano e crimes ambientais. As apurações prosseguirão com o objetivo de identificar mais envolvidos.

Os mandados são cumpridos com apoio das divisões de Operações Especiais (DOE) e de Operações Aéreas (DOA), da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) e do Departamento de Combate à Corrupção.

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