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Saiba quem é o PM professor que quebrou o braço de aluno autista no DF

Renato Caldas Paranã substituía uma professora de informática que está afastada. Ele começou a lecionar em agosto

atualizado

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O policial militar Renato Caldas Paranã, de 41 anos, lecionava como professor temporário no Centro de Ensino Especial 1 do Guará quando quebrou o braço de um aluno autista de 15 anos.

O caso aconteceu no dia 7 de novembro. O estudante precisou ser levado ao Hospital de Base, onde passou por cirurgia para colocação de pinos de titânio. Ele recebeu alta três dias depois.

Concursado pela Secretaria de Educação do Distrito Federal (SEEDF), o policial substituía uma professora de informática que está afastada. Ele começou os trabalhos como educador em agosto, segundo o Portal da Transparência do Governo do Distrito Federal, já que recebeu proventos como docente em setembro.

Renato foi contratado após ser aprovado e classificado em 3º lugar no Processo Seletivo Simplificado para a contratação de professores temporários, em 2022.

O terceiro-sargento da Polícia Militar (PMDF) teria fraturado o braço do aluno durante uma crise do adolescente, que tem transtorno do espectro autista (TEA) de nível 3 e de desenvolvimento global (TGD) não verbal.

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Renato é terceiro-sargento da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF)
Adolescente quebrou braço de adolescente autista no Centro de Ensino Especial 1 do Guará
À reportagem testemunhas contaram que vítima é autista não verbal de nível 3
Uma das característica dele é "não deixar que o toquem", segundo vice-diretora
Após a agressão, o jovem precisou ser levado para o Hospital de Base, onde passou por cirurgia para colocação de pinos de titânio
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Policial militar e professor temporário Renato Caldas Paranã

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Adolescente quebrou braço de adolescente autista no Centro de Ensino Especial 1 do Guará

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À reportagem testemunhas contaram que vítima é autista não verbal de nível 3

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Uma das característica dele é "não deixar que o toquem", segundo vice-diretora

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Após a agressão, o jovem precisou ser levado para o Hospital de Base, onde passou por cirurgia para colocação de pinos de titânio

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Renato teria se aproximado do adolescente e o segurado “com muita força pelos braços”, segundo o boletim de ocorrência do caso, registrado pela mãe do estudante, Angélica Rego Soriano, de 35 anos.

A vice-diretora do colégio também contou à polícia que pediu para o PM interromper a ação, mas ele não teria seguido as ordens da dirigente. Ao sair para pedir ajuda a uma psicóloga, a educadora ouviu um “grito muito alto”, que a fez voltar. Nesse momento, encontrou o adolescente caído ao chão, com o braço quebrado.

Em nota, a SEEDF informou que o professor foi afastado. “A pasta informa que o professor foi imediatamente afastado, e o caso é apurado pela Polícia Civil e pela Corregedoria da SEEDF, que tomará todas as medidas cabíveis […]. A SEEDF reforçou que repudia qualquer ato de violência e que prestará todo o auxílio necessário ao estudante”, completou o órgão.

Entenda o caso

O adolescente de 15 anos teve o braço fraturado pelo terceiro-sargento da PMDF Renato Caldas Paranã, na última terça-feira (7/11), durante uma crise do jovem, que tem transtorno do espectro autista (TEA) de nível 3 e de desenvolvimento global (TGD) não verbal. A vítima foi levada ao Hospital de Base, onde passou por cirurgia para colocação de pinos de titânio. O paciente recebeu alta na sexta-feira (10/11).

Na data do ocorrido, o estudante estaria agitado; por esse motivo, alguns funcionários da escola tentaram acalmá-lo. Angélica relatou que o militar teria imobilizado o adolescente, em vez de tentar acalmá-lo. “A vice-diretora disse que pediu várias vezes para [Renato] parar, mas ele não soltava meu filho. E ele não prestou socorro. Mesmo com meu menino no chão, com o braço quebrado, o professor continuava brigando. Então, outros educadores ajudaram e acionaram os bombeiros”, contou a mãe do estudante.

Ao Metrópoles Angélica detalhou que, após o episódio, um grupo de mães disse a ela que Renato “era muito ríspido com crianças especiais”. “Meu filho não é uma pessoa agressiva, mas, ultimamente, estava resistente. Cheguei a ir à escola dele para saber o motivo disso, porque ele estava diferente. Toda terça-feira não queria ir para o colégio, justamente nos dias em que tinha aula com esse professor”, completou Angélica.

“Acidente”

Em nota, a PMDF considerou o caso um “acidente” e informou que a situação “ocorreu após o professor, concursado da Secretaria de Educação do Distrito Federal, ter sido chamado para ajudar na contenção de um aluno com Transtorno do Espectro Autista (TEA) nível 3 não verbal”.

“[O estudante] estava em crise nervosa, agredindo outros alunos e funcionários. Durante o atendimento, ele teve uma segunda crise nervosa, desequilibrou-se e caiu. Antes da queda, o professor tentava acalmá-lo e, por isso, segurava o braço dele, visando impedir que se machucasse ou ferisse outro aluno. A lesão teria ocorrido nesse contexto. O professor, de imediato, realizou os primeiros-socorros e solicitou apoio do Corpo de Bombeiros Militar”, comunicou a PMDF.

A corporação mencionou, ainda, que a Emenda Constitucional (EC) nº 101/2019 autoriza acumulação de cargos públicos por militares. “A PMDF esclarece que tomou ciência da situação por meio desta demanda [do Metrópoles]. No entanto, frisa-se que o ocorrido não se deu em atividade policial militar”, enfatizou.

A defesa de Renato Caldas Paranã não havia sido localizada até a mais recente atualização desta reportagem. O espaço segue aberto para eventuais manifestações.

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