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Saiba quem é o pedófilo preso por fazer mais de 60 vítimas apenas no DF

O criminoso se dizia evangélico e chegou a se filiar, em 5 de outubro de 2011, a um partido político cristão, no Maranhão

atualizado

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prisão do pedófilo do DF, no Maranhão
1 de 1 prisão do pedófilo do DF, no Maranhão - Foto: Reprodução

Nascido em uma família extremamente religiosa, na cidade interiorana de Gonçalves Dias, no sertão maranhense, o auxiliar administrativo Sylas Sousa Silva, 31 anos, tornou-se um dos mais contumazes pedófilos a agir nos últimos anos.

O criminoso confessou ter feito vítimas em praticamente todas as unidades da federação, com exceção do Acre. Só no Distrito Federal seriam pelo menos 60 crianças e adolescentes abusados. Outros 30 casos ainda são apurados.

Apesar da predileção em aliciar e convencer vítimas entre 11 e 14 anos a enviarem fotos em posições ponográficas, Sylas mantinha uma vertente evangélica e chegou a se filiar, em 5 de outubro de 2011, ao antigo Partido Social Democrata Cristão (PSDC), atual Democracia Cristã (DC), na cidade de Matões (MA).

A reportagem recebeu informações que a família de Sylas é respeitada e querida no município maranhense, que tem 17.485 habitantes e fica a 342 quilômetros da capital São Luís. Diferentemente do criminoso, dois irmãos dele estudaram e se formaram em direito, segundo fontes ouvidas.

Policiais civis do DF foram até a cidade para prender Sylas na última quarta-feira (22/7). Ele foi trazido de avião para o DF. As fotos e os vídeos desta matéria foram borradas e repassadas pela corporação brasiliense, que não divulgou as imagens com o rosto do suspeito. Esconder a identidade dele não foi uma opção editorial da reportagem.

Modus operandi

Vítimas do pedófilo chegaram a cogitar cometer suicídio com medo do vazamento das fotos e vídeos de nudez. A investigação teve início após os pais de uma adolescente de 13 anos registrarem ocorrência. Para ganhar a confiança dos jovens, Sylas se passava por uma adolescente. Ele usava um perfil falso no Instagram.

Quando ficava mais íntimo, o pedófilo, então, fornecia um telefone para conversa via aplicativo de mensagens. Ao longo dos diálogos, exigia que as vítimas enviassem fotos e vídeos íntimos. Segundo os investigadores, o pedófilo também mandava os jovens introduzir objetos no ânus ou se masturbar. Tudo deveria ser filmado e encaminhado.

Quem se recusasse a enviar o conteúdo era ameaçado. O temor de que o suspeito tornasse as gravações e as fotos públicas levou vários adolescentes ao desespero. Alguns, segundo a PCDF, cogitaram suicídio. O bandido utilizava perfis falsos para trocar fotos e vídeos com alunos de um colégio particular do DF, ainda em 2017. O homem usava nome e foto falsos e se apresentava como Ana Beatriz Melo.

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