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Saiba quem é o ex-distrital Berinaldo Pontes, alvo de operação da PF

Ex-deputado foi alvo de mandado de busca e apreensão. Ele também foi um dos investigados no caso conhecido como Caixa de Pandora

atualizado

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Berinaldo pontes
1 de 1 Berinaldo pontes - Foto: Youtube/Reprodução

Ex-deputado distrital, Berinaldo Pontes (foto em destaque) foi alvo de busca e apreensão nesta quarta-feira (12/6), durante operação da Polícia Federal (PF) que investiga o desvio de R$ 36 milhões de fundo partidário nas eleições de 2022.

Em 2020, Berinaldo da Ponte, como também é conhecido, foi investigado pelo Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) por suspeita de irregularidades durante o mandato, de 2007 a 2010. À época, ele era filiado ao PP.

O ex-parlamentar também foi um dos investigados no caso conhecido como Caixa de Pandora por suspeita de receber propina em troca de apoio político.

A apuração constatou desvio de dinheiro público por meio de contratos fechados entre o Governo do Distrito Federal (GDF) e empresas de informática e resultou no afastamento do então governador José Roberto Arruda.

Em nota, os advogados André Gomes e Kaydher Lasmar, que defendem o ex-parlamentar, afirmam ter recebido “com estranheza” os mandados contra o cliente.

O comunicado acrescenta que, “ao longo de mais de seis anos de operação ‘Caixa de Pandora’, nenhuma prova foi produzida em desfavor de Berinaldo, ao passo que o ex-parlamentar foi inclusive absolvido na ação de improbidade administrativa que apurou os mesmos fatos na esfera cível. Absolvição confirmada em segunda instância, por unanimidade, pelo Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios”.

“O ex-parlamentar acredita ser vítima de perseguição política, pois, encerrada a instrução criminal, com o processo aguardando sentença, foi submetido a novo constrangimento provocado pelo Ministério Público do Distrito Federal, sem nenhuma fundamentação plausível, o que entende como imprudente e desnecessário por parte do Poder Público”, afirma a nota (leia mais abaixo).

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Eurípedes Júnior, o fundador do Pros
O ex-deputado distrital Berinaldo da Ponte
Alessandro Sousa da Silva, conhecido como Sandro do Pros
Carro da PF na sede do Solidariedade em Brasília
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Presidente nacional do Solidariedade, Eurípedes Júnior

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Alessandro Sousa da Silva, conhecido como Sandro do Pros

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Operação Fundo no Poço

A PF tenta cumprir sete mandados de prisão em São Paulo, Goiás e no Distrito Federal. Até o momento, duas pessoas foram presas: Cintia Lourenço da Silva, tesoureira do Solidariedade e Alessandro Sousa da Silva, o Sandro do Pros. O principal investigado é o presidente do Solidariedade, Eurípedes Júnior, que está foragido.

Uma denúncia feita por um ex-dirigente do Partido Republicano da Ordem Social (Pros), hoje integrado ao Solidariedade, contra outro cabeça da sigla deu origem a uma investigação da Polícia Federal, que culminou na Operação Fundo do Poço.

Segundo a Polícia Federal (PF), a investigação apontou indícios da existência de uma organização criminosa “estruturalmente ordenada”, com a análise de Relatórios de Inteligência Financeira e da prestações de contas de supostos candidatos.

O grupo desviava e se apropriava de recursos do fundo partidário e eleitoral, “utilizando-se de candidaturas laranjas ao redor do país, de superfaturamento de serviços de consultoria jurídica e desvio de recursos partidários destinados à Fundação de Ordem Social (FOS) – fundação do partido”. Ex-dirigentes do partido teriam desviado, aproximadamente, R$ 36 milhões.

De acordo com a nota da assessoria do partido, enviada ao Metrópoles, “esses são fatos ocorridos antes da união do Pros com o Solidariedade” e a equipe  estaria “tomando pé da situação”, não tendo, ainda, um posicionamento sobre os fatos.

A defesa de Berinaldo acrescentou em comunicado que, “apesar de todo constrangimento, o ex-deputado distrital Berinaldo Pontes, confia no Poder Judiciário, aguarda com serenidade o resultado final da ação penal em que é réu na indigitada operação ‘Caixa de Pandora’, permanecendo à inteira disposição das autoridades condutoras do procedimento judicial”.

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