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Saiba quem é morador que está em estado gravíssimo após incêndio no DF

O incêndio começou no apartamento onde Felipe Bento Nunes Gonçalves vivia. O homem foi encaminhado ao Hran, com 60% do corpo queimado

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Felipe Bento Nunes Gonçalves teve mais de 60% do corpo queimado durante um incêndio que começou no apartamento dele, na Quadra 510 do Noroeste. O caso aconteceu na manhã desta quarta-feira (6/12), após um vazamento de gás. Devido à gravidade da situação, o primeiro andar do prédio ficou destruído e parte da fachada foi danificada.

Segundo moradores do residencial, Felipe era discreto e não interagia com outras pessoas. Ele, inclusive, trabalhava em home office e vivia sozinho na unidade alugada, de acordo com os relatos.

Momentos antes de a tragédia acontecer, testemunhas reclamaram de um “forte cheiro de gás”. Apesar da tentativa de funcionários de desligar o sistema de abastecimento para impedir uma explosão, o esforço não surtiu efeito.

Conforme relatou Isaura Andrade Silva, 43, síndica do prédio, Felipe não estava acordado quando o incêndio começou. “O único fato de que temos certeza é que ele estava desacordado. Não sabemos se tinha tomado remédio para dormir ou se o gás, que estava forte, fez com que desmaiasse”, declarou. Ainda segundo ela, a vítima perdeu a mãe há pouco mais de um mês, e outros familiares do homem não foram encontrados até o momento.

Felipe foi atendido em estado grave e levado para o Hospital Regional da Asa Norte (Hran). Embora apresente quadro estável, o homem se encontra intubado na unidade de terapia intensiva (UTI).

O incêndio

O incêndio provocou uma “onda de choque” e destruiu um andar inteiro do condomínio. O Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal (CBMDF) informou que as equipes fizeram buscas e que, posteriormente, acionaria a Defesa Civil para realizar uma avaliação mais criteriosa das condições do local.

Após a análise, os técnicos decidirão se a estrutura estará liberada para receber moradores e funcionários das áreas comerciais de volta ou se será interditada.

A suspeita é que tenha havido um vazamento de gás liquefeito de petróleo (GLP), o gás de cozinha, devido a informações passadas pelos moradores e funcionários do edifício, bem como aos efeitos da explosão. “A onda de choque é muito forte. Em um lado do prédio, as janelas foram arremessadas. Inclusive, uma delas colidiu com um veículo estacionado na rua. Depois disso, tivemos de abrir algumas portas e janelas, para fazer ventilação e deixar o gás sair”, detalhou o major Igor Paz.

O prédio, porém, tinha uma “reserva técnica de incêndio” bem estruturada, segundo o militar. “A equipe de zeladores deu o suporte necessário. E as informações nesse ponto são importantes, porque, a partir do momento em que se aciona o Corpo de Bombeiros, é interessante que alguém da própria edificação tenha informações sobre onde se desliga luz, água, energia”, orientou Igor Paz.

Veja imagens:

“Cheiro forte de gás”

Moradora do prédio, a servidora pública Karla Daniele Leôncio Moraes, 39 anos, contou que trabalhava em home office quando percebeu que algo estava errado. “Interfonei para o porteiro, e ele disse que outras pessoas também reclamaram [do cheiro de gás]; por isso, desligaram o sistema e acionaram a empresa que cuida desse serviço no prédio”, afirmou.

Depois da explosão — que afetou outros imóveis —, um incêndio atingiu um apartamento no primeiro andar, e a fumaça se alastrou para outras partes do prédio. Nesse momento, uma das zeladoras que trabalha no edifício entrou na residência afetada e encontrou um homem desacordado.

Ela ainda resgatou outra pessoa que precisou de ajuda para deixar o prédio e, depois, gritou para todos os moradores e trabalhadores de lojas no edifício saírem do local.

As chamas foram controladas por volta das 11h, cerca de duas horas após a explosão. O incêndio destruiu toda a parte interna do primeiro andar do prédio. Assustados, diversos animais fugiram, na tentativa de se salvar. No início da tarde desta quarta-feira (6/12), os bombeiros ainda procuravam por um gato e um cachorro desaparecidos. Nenhum estava ferido até então.

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