Saiba quem é Giovanna Peters, jovem degolada pelo namorado no DF
Giovanna Laura Peters, 20 anos, estava desaparecida havia cinco dias. Corpo foi encontrado em uma região de mata nesta sexta-feira (3/12)
atualizado
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Giovanna Laura Santos Peters, de 20 anos, vivia relacionamento conturbado com o namorado Leandro de Araújo Marques, 22. Os dois tinham rompido recentemente e estavam tentando reatar a relação. A jovem dormiu na casa de Leandro no domingo (28/11) e, na madrugada dessa segunda-feira (29/11), foi morta pelo namorado.
De acordo com o depoimento do acusado, os dois acabaram discutindo após Leandro descobrir que a jovem se relacionou com outras pessoas enquanto estavam separados. Irritado, ele imobilizou a vítima por trás e a degolou, com uma faca.
Giovanna tinha recém iniciado um estágio como monitora em uma creche no Areal. De acordo com a família da jovem, ela estava muito feliz com o emprego. Nas redes sociais, Giovanna tinha um bom relacionamento com a irmã mais nova, de 12 anos. Em uma das fotos da criança, a jovem chegou a comentar: “Deusa, eu te amo muito” e “Minha princesinha top, até os deuses te aplaudem”.
Polícia encontra corpo de jovem de 20 anos desaparecida no DF
Em sua última publicação, em 7 de setembro, Giovanna postou uma foto do rosto e escreveu “mistura de pecado com um pouco de loucura”. A jovem recebeu elogios de colegas e trocou comentários com a irmã mais nova: “Linda”, escreveu e irmã, “Igual você”, respondeu Giovanna.
Veja interação das irmãs:
Ao Metrópoles, na manhã desta sexta-feira (3/12), a mãe de Giovanna, Erika Santos, disse que estava de coração partido. A mulher ainda tinha esperança de encontrar a filha com vida. A família estava sem notícias da monitora de creche desde segunda-feira (29/11).
“É um momento de agonia muito grande. Estou com o coração partido e ficarei até a minha filha voltar, mas sempre há esperança. A gente tem muita esperança”, afirmou Érika na ocasião.
Segundo a família da vítima, o acusado já teria agredido Giovanna em outras ocasiões. Leandro teria jogado um celular contra a cabeça da moça. No entanto, o fato não teria sido denunciado à polícia.
Entenda
Giovanna estava desaparecida desde segunda-feira (29/11), quando foi para a casa do namorado, em Ceilândia Sul. Leandro de Araújo Marques, 22, está preso e confessou o crime. Ele degolou a namorada dentro de casa e escondeu o corpo em uma área de mata, atrás da antiga Academia de Polícia Civil, em Taguatinga.
Segundo a família, Giovanna Peters teria ido à casa do namorado no domingo e ficou incomunicável após, supostamente, embarcar em um carro de transporte por aplicativo, na manhã do dia seguinte, segunda-feira (29/11). Ao registrar ocorrência, a mãe ainda pediu auxílio de Leandro. Ela acreditava que o jovem poderia ajudar a polícia com mais informações. Entretanto, o rapaz afirmou que não podia comparecer à unidade policial porque estaria trabalhando em uma chácara.
Diante disso, os policiais foram até o local onde o suspeito trabalhava e colheram o depoimento. Inicialmente, ele disse tê-la visto pela última vez somente na segunda-feira pela manhã. Afirmou que Giovanna teria dormido em sua casa de domingo para segunda e que ela teria pedido um transporte por aplicativo a fim de voltar para casa, em Samambaia.
Leandro detalhou que, no fim de semana, passou a noite sozinho com Giovanna. Durante as investigações, os policiais conseguiram identificar pontos divergentes na versão de Leandro, uma vez que nenhum motorista por aplicativo teria sido acionado ao endereço, conforme ele havia informado.
Os policiais, então, voltaram à residência do suspeito com o objetivo de localizar o celular da jovem. No local, os investigadores perceberam manchas de sangue em uma cadeira da sala. No imóvel, também tinha uma camiseta branca com manchas, aparentemente, de sangue em um cesto de roupas que estava no banheiro.
Na lavanderia, as equipes encontraram um facão com manchas escuras. Os indícios fizeram com que os policiais acionassem a perícia para o local. Os peritos chegaram ao local de madrugada e confirmaram as manchas de sangue na cadeira e no chão da sala.
Também havia vestígios na porta de um dos quartos. Os investigadores descobriram ainda que, na noite do último domingo (28), Leandro teria circulado por Ceilândia, fato também omitido pelo autor.
Confissão
Confrontado, o jovem confessou o crime para o pai dele, que ligou para a polícia. Eles indicaram aos investigadores onde o corpo estava escondido. O cadáver estava em avançado estado de decomposição.