Saiba quem é 15ª vítima de feminicídio do DF, morta com tiro no peito
Paloma Jenifer Santos Ferreira, 26 anos, foi morta com um tiro no peito pelo namorado, nessa segunda-feira (30/9). Ela deixa uma filha
atualizado
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Paloma Jenifer Santos Ferreira (foto em destaque) foi morta nessa segunda-feira (30/9), aos 26 anos, com um tiro no peito, disparado namorado Franco William de Lima Macedo, 32. Esse é o 15º caso de feminicídio registrado no Distrito Federal em 2024. O crime ocorreu na Colônia Agrícola Samambaia, em Vicente Pires.
O suspeito e a vítima eram namorados. Juntos, eles tinham uma filha, de 4 anos. A menina estava na escola no momento em que Paloma foi assassinada.
A mulher estava fazendo um curso profissionalizante de manicure e queria trabalhar na área. “Ela tinha muitos sonhos e planos, que infelizmente foram interrompidos. A família tinha suspeita de que Franco já tivesse a agredido antes. A gente olhava e sabia que ele era suspeito”, comentou uma prima da vítima que preferiu não se identificar.
De acordo com a prima de Paloma, o casal estava juntos havia mais de quatro anos, apesar de o relacionamento não ser apoiado pela família. “Os dois estavam meio brigados. Parece que ela descobriu que ele estava com outra mulher. No dia do crime, ela teria ido na casa dele pra questionar dessa traições e eles teriam discutido”, disse a prima.
Abalados com a tragédia, os familiares querem justiça pela morte de Paloma. “Ela era uma pessoa feliz, adorável, muito amiga. É muito triste. Era jovem, tinha uma filha para criar. A gente não acredita em tiro acidental. Ele foi com a intenção de matar”, afirma.
A hipótese de ter atirado sem querer contra Paloma foi dita pelo próprio Franco William na delegacia.
O caso
O caso é investigado pela 38ª Delegacia de Polícia (Vicente Pires). Segundo o delegado-chefe, Pablo Aguiar, os amigos do feminicida receberam ele em casa, também na Colônia Agrícola Samambaia, sem saber que ele havia atirado em Paloma.
Antes de chegar à casa dos amigos, Franco William passou na residência do pai, que mora ao lado de onde o crime aconteceu, e contou que havia acabado de fazer “uma besteira”.
Confrontado por imagens de câmeras de segurança que flagraram uma aparente discussão entre os dois, Franco decidiu que não daria mais declarações. Após cometer o crime, o suspeito colocou a arma de fogo usada para matar Paloma em um saco plástico e deixou dentro de um pneu, na oficina de um amigo.
Ainda na quitinete onde ocorreu o crime, a PCDF apreendeu 17 papelotes de cocaína já embalados para a venda. Por essa razão, além do feminicídio, ele responderá por tráfico de drogas.
Franco estava cumprindo pena em regime aberto devido a um roubo com arma de fogo, ocorrido em junho de 2023.