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Saiba os efeitos maléficos da ketamina, anestésico traficado no DF

Substância tem sido utilizada ilegalmente para causar alucinações, mas há risco de o usuário ter parada cardíaca e AVC

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1 de 1 anestesico capa - Foto: Reprodução

Anestésico comumente utilizado por veterinários para realizar procedimentos em animais de pequeno e grande porte, a ketamina virou uma droga cara e valorizada para o uso em festas da alta sociedade. Com efeitos alucinógenos parecidos com os do LSD, a substância passou a ser consumida indiscriminadamente sem que os perigos para a saúde sejam levados em consideração.

Conforme explica Luiz Gustavo Florêncio, anestesista veterinário e professor de farmacologia, a ketamina é um sedativo que causa rigidez muscular. “Ele é mais potente que um analgésico, mas também não usamos na anestesia geral. É um dissociativo. Normalmente, administramos junto com um relaxante muscular”, diz.

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A polícia deflagrou operação para desarticular um grupo criminoso especializado no tráfico de ketamina, na última quarta-feira (8/12). A quantidade era tão grande que o traficante tinha de guardar as caixas em um depósito
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A ketamina é um sedativo que causa rigidez muscular

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A polícia deflagrou operação para desarticular um grupo criminoso especializado no tráfico de ketamina, na última quarta-feira (8/12). A quantidade era tão grande que o traficante tinha de guardar as caixas em um depósito

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O efeito no corpo humano é parecido com o que foi explicado pelo anestesista veterinário. Além das alucinações, o uso da droga pode causar contrações involuntárias. “Ela aumenta a frequência cardíaca. Alguém que tenha algum problema no coração pode ter arritmia, um infarto ou mesmo um AVC [Acidente Vascular Cerebral]. Dependendo da dose, pode causar a morte”, conta.

A compra dessa substância é controlada, o que faz o preço ser alto. Cada 10 ml é vendido para consumo por cerca de R$ 120. De acordo com o diretor da Coordenação de Repressão às Drogas (Cord), delegado Rogério Rezende, o líquido normalmente é transformado em pó, mas são diversos os modos que usuários buscam para sentir os efeitos. “Pode ser inalada, utilizada por injeção ou até mesmo fumada”, detalha.

Apesar de todos os perigos, Rezende não vê o uso da droga diminuir. A substância, inclusive, é a principal aliada de criminosos para golpes que precisam deixar as vítimas desacordadas. “É uma droga que se assemelha ao LSD. Quem utiliza, fica com a sensação de estar fora do corpo e reações nesse sentido. Por causar apagão e amnésia, é uma droga muito utilizada para o golpe do Boa Noite, Cinderela”, relata.

Prisão de veterinário que participava de grupo criminoso

Equipes da Coordenação de Repressão às Drogas (Cord), da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), deflagraram operação para desarticular um grupo criminoso especializado no tráfico de ketamina, um anestésico de uso animal, na quarta-feira (8/12). Entre os presos está um médico veterinário, que tinha acesso facilitado aos lotes traficados.

Os policiais cumpriram cinco mandados de busca e apreensão e dois mandados de prisão, expedidos judicialmente. As prisões são resultado de investigações conduzidas ao longo do ano e que haviam resultado em ação anterior.

Durante o cumprimento dos mandados, duas pessoas foram presas e grande quantidade de ketamina, também conhecida como cetamina, foi apreendida. Na oportunidade, também apreenderam quatro armas de fogo, sendo uma pistola e três armas longas, além de munição de diversos calibres.

Veja imagens da operação:

Depósito

O volume da droga distribuída era tão grande que o veterinário alvo da operação mantinha um depósito, em Luziânia, no Entorno do DF, para estocar as caixas de medicamento. “Esse traficante era forte, tinham capacidade de enviar a droga para vários estados do Brasil e atender a usuários espalhados pelo país”, explicou o diretor da Cord, delegado Rogério Rezende.

Os investigadores da unidade especializada também identificaram que o veterinário traficante comprava a cetamina em empresas de veterinária de Goiás e a distribuía para pequenos revendedores do DF, alimentando traficantes menores.

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