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RS: após centenas de cães afogados, defensores pedem fim de correntes

Diante da tragédia, defensores dos animais defendem a proibição das correntes em todo Brasil junto com novas medidas de proteção aos bichos

atualizado

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Material cedido ao Metrópoles / Grad Brasil
Cachorros mortos - Metrópoles
1 de 1 Cachorros mortos - Metrópoles - Foto: Material cedido ao Metrópoles / Grad Brasil

Durante o trabalho de resgate de cães, gatos e demais pets atingidos pelas enchentes no Rio Grande do Sul, defensores dos animais flagraram cenas de terror: centenas de bichos morreram afogados por estarem acorrentados. Para evitar mais perdas, ativistas defendem a proibição do uso de correntes em todo Brasil.

Veja:

Mobilizado para salvar os animais desde 1º maio, o Grupo de Resposta a Animais em Desastres (Grad Brasil) conseguiu resgatar mais de 1,2 mil pets. A instituição contou com o apoio do Fórum de Defesa Animal.

Em um vídeo, três corpos de cães presos por correntes estão deitados lado a lado. “A questão das correntes nos preocupa muito desde antes deste desastre. Porque as águas sobem muito rápido e as pessoas não têm tempo de tirar seus os animais ou não estão em casa no momento”, comentou a presidente do Grad Brasil, Carla Sassi.

Confira:

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Diante das mortes, defensores de animais defendem a proibição das correntes em todo Brasil
Alguns animais acorrentados conseguiram ser resgatados
O Grad Brasil salvou mais de 1200 animais nas enchentes no Sul
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Cachorros não tiveram chance de sobreviver durante as enchentes porque estavam presos por correntes

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Diante das mortes, defensores de animais defendem a proibição das correntes em todo Brasil

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Alguns animais acorrentados conseguiram ser resgatados

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O Grad Brasil salvou mais de 1200 animais nas enchentes no Sul

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Os ativistas também conseguiram salvar alguns animais acorrentados após as chuvas fortes, a exemplo do cão Preto, quase submerso pelas águas. O salvamento contou a ajuda de Marilyn Nascimento. Carla Sassi lembrou do episódio de um grupo de vários gatos presos dentro de uma casa. Com cuidado, os ativistas conseguiram resgatá-los com vida.

Acompanhe:

 

No Distrito Federal, a Lei 6.787/2021, sancionado em 2021, proíbe a manutenção de animais em correntes ou objetos semelhantes que prejudiquem a saúde e bem-estar dos bichos. No entanto, segundo o Fórum de Defesa Animal, falta fiscalização e a legislação local também precisa de aperfeiçoamento.

O Grad Brasil defende a inserção dos animais nos planos de contingência para desastres. No cenário pós-desastre, Carla destacou a importância do protocolo sanitário, com vacinação e castração. Também é necessário a definição de um futuro dos bichos. Para a ativista, a destinação dos sobreviventes é responsabilidade do Poder Público.

“O que passou a gente não consegue evitar. Aconteceu. Mas que gente consiga mudar o futuro com boas propostas e resultados efetivos”, assinalou Sassi.

Segundo Ana Paula Vasconcelos, advogada do Fórum de Defesa Animal, a tragédia do Rio Grande Sul expos uma face muito cruel da relação humano e animal. Para a ativista, o uso de correntes é crime, porque tira liberdade do bicho expressar o seu comportamento natural e, de certa forma, mata aos poucos o pet.

“Centenas de animais morreram porque estavam acorrentados. Esperamos que dessa tristeza toda e dessas imagens chocantes que as pessoas passem a se conscientizar”, comentou.

Adoção

Diante dos abrigos superlotados, os ativistas defendem a adoção dos animais resgatados. Quem tiver interesse e condições de adotar pode entrar em contato com o Fórum de Defesa Animal pelo WhatsApp 61 982-154-751. Ou com o Grad Brasil pelo Instagram.

 

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