Rollemberg recorre à base aliada para poder usar dinheiro do Iprev
O governador quer aprovar na tarde desta quarta-feira (13/12) proposta que permite utilização do fundo de previdência do servidor local
atualizado
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A manhã desta quarta-feira (13/12) foi movimentada no Palácio do Buriti. O governador Rodrigo Rollemberg (PSB) recebeu deputados da base aliada para tratar da revisão do Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA). Encaminhada pelo Executivo, a proposta deve ser votada nesta tarde.
Por meio da proposição, o GDF pretende utilizar R$ 1,2 bilhão do Instituto de Previdência dos Servidores do Distrito Federal (Iprev) para a “reconstrução de escolas, reforma em unidades de saúde e remanejamento da estrutura de secretarias-adjuntas”, entre outras atividades.
O governador espera contar com votos favoráveis de indecisos como Chico Leite (Rede), Bispo Renato Andrade (PR) e Reginaldo Veras (PDT). Embora tenha sinalizado ser contrário ao posicionamento do governo, Robério Negreiros (PSDB) deve se ajustar ao entendimento do GDF, uma vez que a sigla tucana, em expansão de cargos no Executivo, poderia sofrer retaliação.
Os contrários à revisão do PLOA são Celina Leão (PPS), Chico Vigilante (PT), Cláudio Abrantes (sem partido), Ricardo Vale (PT) e Wasny de Roure (PT).
“Medida eleitoreira”
Irritados com a medida do Executivo, os parlamentares opositores dispararam críticas a Rollemberg. “O que tinha que ser acertado sobre o Iprev já foi. O próximo governador não vai encontrar um centavo sequer na conta. Não é correto ele (Rollemberg) limpar os cofres do DF”, disparou Chico Vigilante (PT).
Celina Leão (PPS) acredita que a votação é uma clara medida eleitoreira. “Sempre disse que Rolemberg queria o recurso do Iprev para ter fluxo de caixa para campanha. Agora isso está mais claro do que nunca. Não acredito que os deputados terão coragem de deixar esse absurdo acontecer”, disse.
Pelo menos duas ausências serão registradas em plenário nesta tarde: de Liliane Roriz (PTB) e de Sandra Faraj (SD), que estão de licença médica.
Para Wasny de Roure (PT), “não há dúvida de que o governador está usando os recursos da Previdência do servidor para a realização de obras em ano eleitoral, o que tem grande impacto na decisão do cidadão na hora de votar”.
A base rebate. “É um dinheiro que está na nuvem e que deve ser investido em melhorias”, defende o deputado professor Israel Batista. Rodrigo Delmasso tem entendimento semelhante. “Não são recursos do Iprev. É um superávit de R$ 1,2 bilhão, que poderá ser usado em investimentos e melhorias para a população. Acredito que nenhum deputado será contra”, destacou.