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Rollemberg manda investigar supersalários na Caesb

O governador diz que é preciso ver se os vencimentos das estatais são compatíveis com o momento atual de crise que o DF enfrenta

atualizado

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1 de 1 rollemberg - Foto: Felipe Menezes/Metrópoles

A divulgação dos supersalários da Companhia de Saneamento Ambiental do Distrito Federal (Caesb) provocou uma reação do governador Rodrigo Rollemberg (PSB). Em entrevista à TV Globo nesta sexta-feira (3/3), o chefe do Executivo disse que determinou que sua equipe de governança faça um avaliação geral dos vencimentos dos servidores das estatais para ver se “são compatíveis com o momento atual que a gente vive”.

Conforme o Metrópoles mostrou nesta quinta (2), a Caesb gasta 50% de toda a arrecadação com pagamento de pessoal. Somente em 2016, dos cerca R$ 1,5 bilhão que recebeu, usou quase R$ 750 milhões para pagar as remunerações dos 2,5 mil funcionários, mais os encargos. A empresa passou a publicar os salários, a pedido da Controladoria-Geral do DF e, nas planilhas, são apresentadas remunerações totais de até R$ 95 mil para um advogado, da procuradoria jurídica, por exemplo.

Além disso, existem analistas de sistemas de saneamento com salário de R$ 44.643,09; engenheiro civil que ganha R$ 51.316,73; advogado da área trabalhista que recebe R$ 61.960,00; e motorista com remuneração de 17 mil. Para se ter uma ideia, um técnico em engenharia ganha R$ 33 mil, mais do que o governador Rodrigo Rollemberg, que tem salário de R$ 23.449 mensais.

Os valores são ainda mais significativos quando se compara a algumas obras tocadas no DF. Uma delas ajudará a combater a crise hídrica. Trata-se da construção do subsistema do Bananal, próximo ao Parque Nacional de Brasília, que custará R$ 20 milhões. O valor corresponde a 2,6% do gasto anual com pessoal na Caesb.

Em nota, a empresa diz que os valores revelados, em alguns casos, não se referem a salários recebidos mensalmente pelos empregados da companhia. Isto porque incluem gratificações, adicionais, indenizações eventuais e outras vantagens pecuniárias, como pagamento de férias, adiantamentos de 13º e de férias.

A empresa diz ainda que, por decisão do Tribunal Regional do Trabalho, foi obrigada, em juízo, a conceder reajuste na ordem de 10% aos servidores no decorrer de 2016. A proposta da Caesb era correção de 4%, o que foi negado pela Justiça. Ressalta também que seu comprometimento da receita com pessoal diminuiu de 50,22%, em 2014, para 46,55%, em 2016.

 

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