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Rollemberg diz que sai de “alma leve” e deixa R$ 600 mi para Ibaneis

O governador fez um balanço dos quatro anos de sua gestão. Reconheceu erros, mas afirma que anda de cabeça erguida pela cidade

atualizado

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Pedro Ventura/Agência Brasília
Rollemberg se despede
1 de 1 Rollemberg se despede - Foto: Pedro Ventura/Agência Brasília

O governador Rodrigo Rollemberg (PSB) se despede do Executivo de “alma leve”. Em entrevista coletiva nesta sexta-feira (14/12), o socialista, que perdeu as eleições para Ibaneis Rocha (MDB), reconheceu erros à frente do DF. Mas disse que deixa o comando do Palácio do Buriti “de cabeça erguida e melhor do que o encontrou”.

“É com espírito de tranquilidade, de que erramos, de que não fizemos tudo que deveria ser feito, que ando pela cidade de cabeça erguida. Estamos entregando uma cidade pronta para vivermos melhores dias. O governo que vai entrar não terá as mesmas dificuldades que nós tivemos”, ressaltou.

Rollemberg desejou boa sorte ao seu sucessor. “Quero desejar, do fundo do coração, sucesso ao próximo governo. Sou apaixonado por Brasília, formei minha família aqui”, destacou. Rollemberg frisou ainda que, no dia seguinte à eleição, determinou que sua equipe viabilizasse a transição, “para que eles tenham a melhor forma de iniciar a gestão”.

O chefe do Executivo destacou, também, que está deixando dinheiro em caixa. “No dia 3 de janeiro, Ibaneis terá, limpinho, R$ 600 milhões nos cofres públicos”, afirmou. Além disso, disse que deixa os servidores recebendo em dia, e o DF com 792 homicídios a menos.

“Tivemos um ano de 2018 tranquilo, foram poucas manifestações porque tivemos coragem de tomar medidas”, assegurou. Na avaliação de Rollemberg, ele está entregando o DF ao sucessor em uma situação “muito cômoda para o próximo governo”. “No início de janeiro, depois de pagar todos os servidores, ele [Ibaneis] terá mais de R$ 600 milhões na conta”, reafirmou.

Além disso, garantiu que vai deixar empenhado e liquidado um terço das férias dos professores para ser pago em 7 de janeiro. “Essa é uma realidade infinitamente melhor do que a que recebemos no DF. Já pagamos R$ 369 milhões de precatórios, que era o nosso acordo com o Tribunal de Justiça”, acrescentou.

Na área de saúde, apesar da falta de remédios nas farmácias de alto custo, de materiais nos hospitais e de vagas em Unidades de Terapia Intensiva (UTIs), ressaltou que está deixando mais 200 leitos no Hospital da Criança, que trata meninos e meninas com câncer. Desses, porém, apenas 70 estão em funcionamento.

O governador voltou a defender o modelo de gestão do Instituto Hospital de Base, a maior unidade de saúde da capital do país. “Sabemos que a saúde não está como a população merece. Quando assumimos o governo, estava com R$ 600 milhões de dívida. O modelo de gestão do Hospital de Base melhorou muito seu funcionamento, inclusive, fez com que o diretor fosse convidado para ser o secretário de Saúde de Goiás”, afirmou.

Rollemberg se disse orgulhoso de ter fechado o Lixão da Estrutural e reaberto a Orla do Lago Paranoá. “Quando assumimos o governo, Brasília estava acima dos limites da Lei da Responsabilidade Fiscal. As medidas que tomamos fizeram com que saíssemos dela e ficássemos abaixo”, pontuou.

Outro destaque foi a aprovação da Lei de Uso e Ocupação do Solo (Luos) pela Câmara Legislativa. “Esperamos aprovar ainda hoje [sexta] o zoneamento ecológico e econômico e o novo Código de Obras, o que vai contribuir muito para desburocratizar a cidade, facilitando o desenvolvimento econômico com segurança jurídica”, disse o governador.

O balanço da gestão pode ser visto aqui.

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