Rodoviária: GDF abre licitação para reformar escadas e elevadores
Comunicado foi publicado nesta quinta-feira (21/11/2019), no Diário Oficial do Distrito Federal
atualizado
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O Governo do Distrito Federal (GDF) anunciou, nesta quinta-feira (21/11/2019), que abrirá licitação para serviço de manutenção das 12 escadas rolantes e dos seis elevadores da Rodoviária do Plano Piloto. O comunicado foi publicado no Diário Oficial (DODF).
De acordo com a Companhia Urbanizadora da Nova Capital (Novacap), os interessados em participar do certame devem enviar a proposta em 12 de dezembro, às 9h. O valor estimado da contratação anual é de R$ 1.890.870,01.
Com a licitação, a Novacap espera solucionar os problemas recorrentes de defeitos nas estruturas. A companhia estima que o terminal rodoviário recebe cerca de 720 mil pessoas todos os dias.
Sem acessibilidade
O drama de quem depende das estruturas para se locomover no terminal já foi contado pelo Metrópoles. Em agosto, conforme a reportagem, dos sete elevadores da Rodoviária do Plano Piloto que dão acessibilidade a quem não pode usar as escadas, apenas um estava em funcionamento: o que leva ao metrô, na plataforma de baixo.
O restante estava parado desde julho, segundo a administração do terminal, por depredação. “Moradores de rua utilizavam os elevadores como casa: para fugir do frio, ficavam no vão das máquinas e quebravam os equipamentos”, disse, à época, Josué Martins de Oliveira, chefe da Unidade da Administração da Rodoviária.
Enquanto os elevadores não funcionavam, o fluxo de pessoas com deficiência seguia intenso. Entre elas, Estevan Brito Marinho, servidor público, 49 anos. Ele tem poliomielite e utiliza muletas para se locomover. Estevan conta que deixou até de frequentar estabelecimentos da parte de cima da Rodoviária, pela falta de acessibilidade.
“Tenho que procurar farmácias à noite, quando chego em casa, porque é muito cansativo e difícil acessar a parte de cima sem os elevadores. Essas reformas duram anos e não acabam nunca. Esses elevadores sempre foram falhos. E não é de graça, pagamos imposto para isso”, disse. “Eu, com muletas, consigo usar o corrimão e acessar as outras áreas se precisar muito. Mas e as pessoas que não conseguem?”, questionou.
O cadeirante Carlos Henrique, 21, também reclama. Ele trabalha com tecnologia da informação e precisa passar pela Rodoviária do Plano Piloto todos os dias para chegar ao trabalho. De acordo com ele, certa vez, ficou esperando na Estação Galeria com seu pai até meia-noite porque não tinha como descer para pegar um ônibus. “É um descaso. Aqui não tem nem rampa normal nem rolante, o que facilitaria muito, já que esses elevadores nunca funcionam”, ponderou. Diversas vezes, quando o elevador de acesso ao metrô está desativado ou quebrado, a dupla precisa dar a volta pelo Conjunto Nacional e acessar a parte de cima do terminal. (Com informações da Agência Brasília)
Veja imagens dos equipamentos danificados na Rodoviária do Plano Piloto: