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Risco de ataque por escorpiões cresce com chuvas. Saiba se proteger

De janeiro até meados de outubro deste ano, a Vigilância Epidemiológica registrou 921 chamados para captura dos aracnídeos em residências

atualizado

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Escorpiões no DF
1 de 1 Escorpiões no DF - Foto: Hugo Barreto/Metrópoles

O aparecimento de escorpiões em residências sempre é um sinal de alerta para os moradores, devido ao perigo do animal. No período de chuvas, a preocupação aumenta e é mais comum encontrá-los.

A Vigilância Epidemiológica da Secretaria de Saúde do Distrito Federal registrou 921 chamados para captura do aracnídeo de janeiro a 22 de outubro deste ano. A pasta contabilizou nos primeiros 9 meses de 2021, 1.866 notificações de pessoas atacadas por escorpiões, cobras, aranhas, lagartas e abelhas.

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967 casos envolvem escorpiões em 2021
Número é superior a todo o ano de 2020
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Vigilância Epidemiológica da Secretaria de Saúde notificou 1.280 ocorrências, no período de janeiro a julho deste ano

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967 casos envolvem escorpiões em 2021

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Número é superior a todo o ano de 2020

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O biólogo da Vigilância, Israel Martins, explica que durante o período chuvoso o número das ocorrências aumenta devido a quantidade de água nas redes de esgoto, o que ocasiona a saída desses bichos e a migração desses para as casas. O especialista chama a atenção sobre o risco de acidentes e a importância do protocolo correto na hora de se remover o animal.

“Ao identificá-los, ligue para (61) 2017-1344. Os agentes vão se dirigir ao local e fazer a remoção desses animais. Existem regiões que a ocorrência de acidente é grande, no entanto, o pedido de visita é menor ”, afirma.

Há 3 semanas, a empreendedora Camila Santos tomou um susto quando o filho de 4 anos encontrou um escorpião na casa, no Riacho Fundo 1. Ela conta que o menino estava no quarto quando identificou o aracnídeo. “Ele me gritou dizendo que tinha um bicho no chão daqueles que tem que sacudir a cama antes de dormir. Fui ver e era um escorpião que já estava parcialmente morto. Aí só pisei nele pra garantir”, conta.

De acordo com Camila, essa foi a primeira vez que um animal do tipo apareceu na residência e, após o ocorrido, colocou o escorpião em um vidro. “Já falei com as crianças sobre sempre sacudirem os sapatos antes de usar, sacudirem a cama antes de dormir. Eu fecho os ralos, tenho proteção em todas as portas. Além de dedetizar sempre minha casa, também a mantenho sempre limpa”, diz.

Cuidados a serem tomados

Apesar de muitos recorrerem à dedetização quando identificam os animais peçonhentos, a Vigilância Ambiental desencoraja o uso de inseticidas, uma vez que não possuem eficácia comprovada. “O que funciona para os escorpiões são medidas de barreiras, que previnem o aparecimento deles nas residências”, afirma Israel.

Para evitar os acidentes é importante:

  • Vedar soleiras de portas com rolos de areia ou rodos de borracha;
  • Reparar rodapés soltos e colocar telas nas janelas;
  • Telar as aberturas dos ralos, pias ou tanques;
  • Telar aberturas de ventilação de porões e manter assoalhos tapados;
  • Manter todos os pontos de energia e telefone devidamente vedados;
  • Manter limpos quintais e jardins.

Quem também tem se preocupado com o aparecimento dos escorpiões é a acupunturista Danielle Dourado. Em menos de um mês, ela já encontrou 3 aracnídeos na clínica em que trabalha, localizada no Areal. Em uma das ocasiões, teve que pedir ajuda a um paciente matar o animal. “Eu fiquei bem apavorada, porque é um local limpo. Já chamei um técnico de dedetização para vir aqui e ver se consegue resolver o problema”, explica.

A artesã Claudia Maria levou um susto ainda maior. Enquanto a mãe dela mexia em plantas no jardim da casa um escorpião amarelo a picou. A família que mora em uma chácara próxima ao Jardim ABC, na Cidade Ocidental, precisou correr para o Hospital Regional da Asa Norte (Hran). “Depois que a minha mãe foi picada, nós encontramos outros três na casa. Ficamos muito preocupados, mas tomamos todos os cuidados possíveis”, lembra.

Importância das notificações

A Vigilância Epidemiológica reforça que a notificação dos casos é importante para a fabricação e manutenção de soros contra os diferentes venenos dos animais peçonhentos. Além disso, como os dados vão para o sistema do Ministério da Saúde e da Secretaria de Saúde, a atualização facilita a reposição dos fármacos nas unidades de saúde ao longo do ano.

Em caso de acidentes com escorpião, aranha, lagarta e lacraia os números para contato com a Vigilância Ambiental são o 160 ou 2017-1344. Também é possível entrar em contato pelo e-mail gevapac.dival@gmail.com e agendar de inspeção.

 

 

 

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