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Ricardo Leal é transferido para ala de segurança máxima da Papuda

Arrecadador de Rodrigo Rollemberg (PSB) está na área conhecida como Cascavel, considerada a mais perigosa e com condições mais modestas

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Lúcio Funaro e Ricardo Leal
1 de 1 Lúcio Funaro e Ricardo Leal - Foto: Imagem cedida ao Metrópoles

Denunciado pelo Ministério Público Federal (MPF) por supostamente chefiar um esquema milionário de desvio de dinheiro do Banco de Brasília (BRB), Ricardo Leal (foto em destaque) foi transferido nessa sexta-feira (1º/3) para a ala de segurança máxima do Complexo Penitenciário da Papuda.

No mesmo setor, estão presos o ex-presidente do BRB Vasco Rodrigues e Henrique Domingos Neto, dono corretora BI Asset Management (BIAM DTVM) que, segundo os investigadores, fazia a ponte entre as empresas e o banco estatal.

De acordo com o MPF, eles teriam negociado pelo menos R$ 40 milhões em propina. Ao todo, o grupo teria movimentado R$ 400 milhões de dinheiro do BRB.

Os três foram considerados réus pela Justiça e já tinham sido presos durante a deflagração da Operação Circus Maximus, mas acabaram soltos por força de uma liminar agora cassada pelo Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1).

Na denúncia, os procuradores acusam integrantes da diretoria do banco durante a gestão de Rodrigo Rollemberg (PSB) de terem usado poderes de seus cargos para beneficiar as construções do Hotel Trump, no Rio de Janeiro, e da Praça Capital, erguida pela Brasal na capital da República. Eles teriam recebido aportes incompatíveis com os interesses do banco público.

O MPF também cita em sua peça operação de empréstimo milionário ao jornal Correio Braziliense. Delatores da Circus Maximus contaram aos promotores que o negócio foi feito sob medida para salvar o periódico, embora a empresa não reunisse condições para honrar o compromisso financeiro.

Arrecadador
Ricardo Leal foi o tesoureiro de campanha do governador Rodrigo Rollemberg (PSB). O ex-conselheiro do BRB controlava pelo menos quatro contas na Suíça. Era ele quem, segundo a denúncia, articulava toda a contratação da diretoria que controlava o esquema no BRB.

Preso novamente, Ricardo Leal tem cogitado oferecer ao MPF um acordo de delação premiada.

Ele, Rodrigues e Domingos Neto ocupam celas individuais na ala conhecida como Cascavel, por abrigar os presos mais perigosos do sistema penitenciário e por ter as condições mais modestas do Complexo da Papuda.

Estão presos na mesma ala, o traficante mexicano Lucio Rueda Bustos, o ex-ministro Geddel Vieira Lima, o empreiteiro Sérgio Mendes e o empresário Luiz Estevão.

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