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Rhuan, esquartejado pela mãe no DF, inspira projeto contra violência

Projeto Ruamm foi criado pela Defensoria Pública do Acre, onde menino morou, e visa acolher crianças vítimas de abuso físico e psicológico

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1 de 1 rhuan, esquartejado pela mãe - Foto: Imagem cedida ao Metrópoles

O menino Rhuan Maycon, esquartejado e degolado aos 9 anos pela mãe em 2019, no Distrito Federal, inspirou projeto para acolher crianças vitimas de violência no Acre, cidade onde morou antes de vir para Brasília.

O Projeto Rhuamm, Rede Humanizada de Apoio a Meninas e Meninos, vai ser lançado pela Defensoria Pública do Acre (DPE-AC) em maio, mês em que o crime completa três anos. O principal objetivo do projeto é acolher crianças de até 12 anos, em situação de vulnerabilidade extrema e vítimas de violência física e psicológica.

“Este projeto-piloto, idealizado pela DPE-AC, busca tratar e prevenir os casos de violência contra crianças, trabalhando no apoio e auxílio das vítimas, juntamente com as instituições parceiras que são fundamentais para o desenvolvimento da Rede”, destacou o defensor público e coordenador do Núcleo, Celso Araújo.

Maycon Douglas Lima de Castro, pai de Rhuan e morador do Acre, elogiou a proposta: “Trata-se de uma ótima iniciativa”.

Relembre casos de violência contra crianças que chocaram o país:

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Em 2008, a morte de Isabella Nardoni, de 5 anos, chocou o Brasil. Após voltar de um passeio com o pai, Alexandre Nardoni, com a madrasta, Anna Carolina Jatobá, e com os dois meios-irmãos, Isabella foi arremessada do sexto andar do prédio onde o progenitor morava. A menina foi encontrada, ainda com vida, pelo porteiro do edifício, mas não resistiu aos ferimentos
Durante as investigações, Alexandre e Anna Carolina Jatobá chegaram a acusar a presença de um intruso no imóvel. Contudo, a perícia indicou que não havia desconhecidos no local e apontou o pai e a madrasta da menina como responsáveis pelo crime. Ambos foram presos por homicídio doloso qualificado por motivo torpe, crueldade e impossibilidade de defesa da vítima
Em 2014, a morte de Bernardo Boldrini, de 11 anos, causou comoção nacional. Isso porque o menino foi assassinado pelo próprio pai, o médico cirurgião Leonardo Boldrini, e a esposa dele, a enfermeira Graciele Ugoline, para não tocar na herança que a mãe de Bernardo deixou após a morte, em 2010
Durante as investigações, ficou constatado que Leonardo e Graciele aplicaram altas doses de sedativo na criança e enterraram o corpo em uma cova com soda cáustica. Além disso, foi comprovado o envolvimento de Edelvânia Wirganowicz e Evandro Wirganowicz, amigos de Graciele, no crime. Todos foram condenados
Em 2019, o assassinato cruel de Rhuan Maycon, de 9 anos, causou perplexidade. O menino foi esquartejado pela própria mãe, Rosana Auri da Silva Cândido, e pela namorada dela, Kacyla Priscyla Santiago Damasceno, na casa em que viviam em Samambaia, Distrito Federal
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Em 2008, a morte de Isabella Nardoni, de 5 anos, chocou o Brasil. Após voltar de um passeio com o pai, Alexandre Nardoni, com a madrasta, Anna Carolina Jatobá, e com os dois meios-irmãos, Isabella foi arremessada do sexto andar do prédio onde o progenitor morava. A menina foi encontrada, ainda com vida, pelo porteiro do edifício, mas não resistiu aos ferimentos

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Durante as investigações, Alexandre e Anna Carolina Jatobá chegaram a acusar a presença de um intruso no imóvel. Contudo, a perícia indicou que não havia desconhecidos no local e apontou o pai e a madrasta da menina como responsáveis pelo crime. Ambos foram presos por homicídio doloso qualificado por motivo torpe, crueldade e impossibilidade de defesa da vítima

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Em 2014, a morte de Bernardo Boldrini, de 11 anos, causou comoção nacional. Isso porque o menino foi assassinado pelo próprio pai, o médico cirurgião Leonardo Boldrini, e a esposa dele, a enfermeira Graciele Ugoline, para não tocar na herança que a mãe de Bernardo deixou após a morte, em 2010

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Durante as investigações, ficou constatado que Leonardo e Graciele aplicaram altas doses de sedativo na criança e enterraram o corpo em uma cova com soda cáustica. Além disso, foi comprovado o envolvimento de Edelvânia Wirganowicz e Evandro Wirganowicz, amigos de Graciele, no crime. Todos foram condenados

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Em 2019, o assassinato cruel de Rhuan Maycon, de 9 anos, causou perplexidade. O menino foi esquartejado pela própria mãe, Rosana Auri da Silva Cândido, e pela namorada dela, Kacyla Priscyla Santiago Damasceno, na casa em que viviam em Samambaia, Distrito Federal

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A perícia constatou que além de toda crueldade que Rhuan enfrentou antes de morrer, ele ainda levou 12 facadas e teve o pênis arrancado. Partes do corpo da criança estava em uma mala na casa e outras partes foram encontradas em uma mochila, próxima à residência. Durante a prisão, a mãe do menino chegou a afirmar que o odiava

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Rosana foi condenada a 65 anos de prisão e a namorada dela, Kacyla Priscyla, a 64 anos. Ambas respondem por lesão corporal gravíssima duplamente qualificada e majorada, homicídio triplamente qualificado e majorado, destruição e ocultação de cadáver e fraude processual

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A menina foi assassinada por policiais enquanto estava dentro de uma kombi com a mãe, no complexo do Alemão. A menina levou um tiro nas costas e chegou a ser encaminhada para o hospital, mas morreu no dia seguinte

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Durante a perícia, ficou constatado que a bala saiu da arma de um policial militar. Após a informação, a corporação informou que o crime, na verdade, foi um “erro de execução”. O militar Rodrigo José de Matos Soares se tornou réu por homicídio qualificado, mas o caso só começou a caminhar em fevereiro de 2022

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Em 2020, a morte de Miguel Otávio, de 5 anos, chocou o Brasil. O crime aconteceu após a mãe do menino sair para passear com os cachorros da empregadora Sari Gaspar Corte Real, esposa do ex-prefeito de Tamandaré Sérgio Hacker (PSB). Miguel teria ficado no apartamento com a mulher, no entanto, após ser deixado sozinho, o menino subiu para o nono andar do prédio, que não tinha proteção, e caiu de uma altura de 35 metros

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Sari chegou a ser presa em flagrante por homicídio culposo, mas pagou fiança e foi liberada. Após as investigações, o Ministério Público de Pernambuco determinou que a mulher respondesse por abandono de incapaz com resultado de morte. No entanto, o caso ainda segue sem condenação judicial

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Em 8 de março de 2021, Henry Borel, de 4 anos, foi levado ao hospital na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro, com diversas lesões graves pelo corpo. Na época, a mãe do menino, Monique, e o padrasto, Jairinho, disseram à polícia que ele tinha sofrido um acidente doméstico e precisava de socorro

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Henry Borel

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Jairinho e Monique foram presos e respondem por tortura, homicídio triplamente qualificado, além de fraude processual, coação no curso do processo e falsidade ideológica. O caso aguarda para ser julgado pela Justiça

Aline Massuca/Metrópoles

Segundo a Defensoria Pública do Acre, o projeto vai trabalhar também com conscientização e prevenção. Por isso, será desenvolvido com o apoio das escolas e com o auxílio de educadores que convivem no dia a dia das crianças. As redes de ensino vão encaminhar os casos de violência registrados para o núcleo do projeto. A criança em situação de vulnerabilidade deverá ser acolhida por rede de proteção.

Relembre o caso

Os restos mortais de Rhuan foram localizados em junho de 2019 em dois endereços de Samambaia: no lote onde ele morava com a mãe e a madrasta, na QR 619, e na via pública da QR 425, em frente à creche Azulão. Partes do corpo estavam em duas mochilas.

Rosana Auri da Silva Cândido e a companheira, Kacyla Priscyla Santiago Damasceno Pessoa, foram acusadas de degolar, matar e esquartejar o corpo do menino, que morava com as duas.

O garoto foi encontrado decapitado e apresentava sinais de queimaduras. O assassinato teria acontecido enquanto Rhuan dormia. Depois que mataram o garoto a golpes de faca, segundo as investigações da polícia na época, as mulheres o teriam esquartejado e tentado queimar partes do corpo na churrasqueira da residência.

As investigações revelaram que as mulheres planejaram o crime por pelo menos três meses e pensaram em até envenená-lo. Segundo a polícia, Rosana afirmou ter ódio do filho pelo vínculo com o pai dele, que a teria maltratado no passado.

A mãe e a companheira foram condenadas pelo Tribunal do Júri de Samambaia por homicídio qualificado, lesão corporal gravíssima, tortura, ocultação e destruição de cadáver e fraude processual.

Rosana pegou 65 anos de prisão, com adição de 8 meses e 10 dias de detenção, e Kacyla 64 anos de reclusão, com adicional de 8 meses e 10 dias de detenção.

Stefany Serra é estagiária do Programa Mentor e está sob supervisão da editora Maria Eugênia

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