Residentes médicos do DF falam em “desespero” por falta de EPI em hospitais
A Fepecs pede que à Secretaria de Saúde que forneça equipamentos simples, como máscaras, para os estudantes no período de pandemia
atualizado
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A Fundação de Ensino e Pesquisa em Ciências de Saúde (Fepecs) encaminha, desde abril, memorandos e documentos à Secretaria de Saúde do DF relatando “total desespero” pela falta de Equipamentos de Proteção Individual (EPI’s) a residentes que atuam nos hospitais do DF.
A coordenadora do Programa de Residência Uniprofissional de Enfermagem, Jacqueline Ramos, relatou no documento a necessidade urgente em ter máscaras N 95, luvas e outros. “Já adquirimos EPI’s com recursos próprios, contudo, em face dos altos preços, é impossível sustentar essa situação”, diz no memorando enviado à pasta.
Os estudantes do programa de residência colaboram com diversas atividades nas unidades, inclusive com mutirões, redução de filas, atendimentos, entre outros.
“No momento de pandemia, todos os residentes encontram-se na assistência direta nos hospitais, nos centros cirúrgicos e, na frente de nossos residentes, são entregues máscaras a outros profissionais, em total desrespeito aos alunos do programa, como se fossem de menor importância”, diz o documento.
A coordenadora chega a pedir “pelo amor de Deus” por ajuda. Veja pedido no SEI:
Quatro meses depois, e após diversas respostas, a Fepecs ainda relata no sistema falta de EPI’s para os residentes. Em documento do dia 6 de agosto, é relatada à Superintendência da Região de Saúde Norte insuficiência nos EPIs recebidos para residentes.
Nesta terça-feira (13/8), foi colocada em memorando novamente a dificuldade que os residentes em enfermagem em conseguir óculos, máscaras e outros EPI’s.
Fornecimento
Por meio de nota, a Secretaria de Saúde informou ao Metrópoles que recebeu o documento com o pedido para os residentes e que “já houve deliberação pelo fornecimento dos referidos EPIs”, informou.
A pasta esclareceu que a distribuição de EPIs é centralizada pela Subsecretaria de Logística, que realiza um estudo de uso dos itens em cada unidade, encaminhando o necessário para cada local durante um período.
“Essa estratégia foi adotada como medida de uso racional, diante da escassez dos produtos para compra no mercado mundial desde que foi decretada a pandemia. Dentro de cada unidade, os gestores locais definem a forma de distribuição dos EPIs. Sempre que há necessidade de reposição de qualquer EPI, o gestor local faz o pedido e é prontamente atendido”.
A situação dos estoques de todos os EPIs podem ser acompanhados na página da Secretaria de Saúde .