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Remédio para doença falciforme está em falta na rede pública

As farmácias de alto custo não têm o Hydri 500mg no estoque há cinco meses. Secretaria de Saúde justifica a deficiência por falta de fornecedor

atualizado

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Dênio Simões/Agência Brasília
Farmácia de alto custo
1 de 1 Farmácia de alto custo - Foto: Dênio Simões/Agência Brasília

Crises de dor, problemas renais, cardíacos… Quem sofre com a anemia falciforme conhece as complicações causadas pela falta do remédio para tratar a doença. No entanto, depender da rede pública de saúde não tem ajudado quem precisa se tratar. O Hydro 500mg está em falta nas farmácias de alto custo desde novembro de 2015. “Muitas pessoas têm sido internadas devido à falta do remédio”, afirma o coordenador da Associação Brasiliense de Pessoas com Doença Falciforme, Elvis Silva Magalhães.

Segundo ele, cerca de 2 mil pessoas têm a doença falciforme no DF. A Secretaria de Saúde alega que o estoque está zerado devido à falta de fornecedor, mas Magalhães rebate. “O remédio é vendido nas farmácias normalmente, na internet também. Por que o governo não consegue comprar?”, questionou.

O hidróxido de ureia, princípio ativo do medicamento, custa entre R$ 200 e R$ 300, e as famílias não têm condições de comprar o remédio. “Nem todas as 2 mil pessoas dependem do Hydro, mas quem depende tem sofrido. Essa medicação é essencial para manter a qualidade de vida das pessoas com anemia falciforme. O paciente pode ter complicações e ficar internado”, afirmou.

O filho da dona de casa Francineia Costa Viana, 30 anos, João Gabriel, 7, não pode ficar sem o remédio. Sem a assistência da rede pública, Francineia só conseguiu manter o tratamento dele devido à ajuda da Abrace (entidade que ajuda a cuidar de crianças com câncer). “Ele começou a tomar o hidróxido de ureia há dois anos. Antes disso, eu já mantinha uma mala arrumada para ir ao hospital. As crises eram frequentes e ele sentia muita dor. Não podemos ficar sem o tratamento”, afirmou.

Francineia foi às farmácias de alto custo e, diante da falta do medicamento em estoque, procurou drogarias comerciais e pesquisou o preço do remédio. “O mais barato que encontramos foi de R$ 200 ou R$ 220. Conversei com a Abrace, eles nos deram o dinheiro e entregamos a nota. Graças a Deus conseguimos”, afirmou.

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