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Religiões de matriz africana vão celebrar virada na Prainha do DF

Mesmo sem evento oficial do GDF, federação organizou o espaço para o público

atualizado

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Comemorações de Ano Novo/Réveillon Na Praça dos Orixás/Prai
1 de 1 Comemorações de Ano Novo/Réveillon Na Praça dos Orixás/Prai - Foto: Leonardo Arruda/Esp. Metrópoles

Mesmo com o cancelamento das festas programadas para o Réveillon 2022 em Brasília, a Praça dos Orixás, na Prainha do Lago Sul, deve receber pessoas nesta sexta-feira (31/12). O local é tradicionalmente reservado à celebração de religiões de matriz africana na virada do ano e foi preparado pelos fiéis para receber o público.

Intolerância religiosa: estátua de orixá é queimada na Prainha do Lago Sul

No entanto, também há aqueles que vão optar por comemorações mais reservadas devido à pandemia de Covid-19. Nessa quinta-feira (30/12), o DF confirmou os primeiros três casos de transmissão comunitária da variante Ômicron entre os brasilienses.

Veja fotos de rituais em anos anteriores:

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Mesmo sem evento oficial do GDF, federação organizou o espaço para o público
No entanto, algumas entidades optaram por rituais reservados
O local é tradicionalmente reservado para cortejos de praticantes de religiões de matriz africana
Celebração na Praças dos Orixás
Ano-Novo na Prainha
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Celebração na Prainha em 2020

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Mesmo sem evento oficial do GDF, federação organizou o espaço para o público

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No entanto, algumas entidades optaram por rituais reservados

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O local é tradicionalmente reservado para cortejos de praticantes de religiões de matriz africana

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Celebração na Praças dos Orixás

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Ano-Novo na Prainha

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Oferendas na Praça dos Orixás

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Mulher se benze no lago

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Família acompanha celebração

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Ano-Novo na Prainha

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Orixá na praça

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Ao Metrópoles, o presidente da Federação de Umbanda e Candomblé de Brasília e Entorno, Rafael Moreira, informou que a associação realizou uma pequena manutenção do local para receber quem deseja comparecer ao local.

“Pintamos os pedestais e colocamos os nomes dos orixás. Deixamos a praça pronta para receber os adeptos da religião”, conta. “Teremos seis sacerdotes atendendo a comunidade gratuitamente com jogos de cartas, búzios, leitura de mão e benzimentos.”

“De 18h a 0h, apenas um terreiro estará tocando para quem quiser ir lá tomar seu passe, fazer suas limpezas ou realizar oferendas”, explica. A Praça dos Orixás seria um dos cinco pontos que receberia palcos para shows e eventos durante o feriado. “Estamos fazendo tudo sem nenhuma estrutura, somente ao ar livre. A federação vai disponibilizar esse atendimento para a comunidade”, diz Rafael.

“Em 2020 tivemos o apoio do policiamento, mantivemos a Prainha limpa e o povo pôde fazer suas oferendas, sem entrar com os carros e sem aglomeração”, recorda o presidente da federação.

Celebrações internas

Em conversa com a reportagem, uma das maiores lideranças do candomblé no Distrito Federal, Adna Santos, mais conhecida como a Yalorixá Mãe Baiana de Oyá, revelou que, neste ano, optará por celebrações em seu terreiro, o Ilê Axé Oyá Bagan, localizado no Núcleo Rural Tamanduá, no Paranoá.

“Este não é o momento de fazer aglomeração, temos consciência disso. Pois a primeira consciência quem deu foram os nossos orixás. Mas durante o dia as pessoas devem levar suas oferendas, já é um costume aqui em Brasília.”

“Vamos passar a virada em nosso terreiro, rezando, pedindo aos nossos orixás para que nos livre dessa doença”, revela Mãe Baiana.

O mesmo deve acontecer no Centro Espírita Assistencial Nossa Senhora da Glória (Ceansg), o terreiro de umbanda mais antigo de Brasília em funcionamento e que adotou celebrações reservadas há algum tempo. “Nunca fizemos agrupados. Deixamos há muitos anos de fazer por causa da grande aglomeração no lago e a dificuldade de deslocamento. A celebração é feita internamente, dentro do nosso centro”, diz o Ogã-chefe do local, Edson Muniz.

“Um dos motivos de não fazermos na Prainha é porque virou uma atração turística e deixou de ser uma celebração religiosa, onde você precisa de tranquilidade e não com gente em volta bebendo, isso atrapalha nosso ritual”, explica.

“Vai ser feito um trabalho interno, com um grupo muito reduzido de pessoas, em homenagem ao dia e às vibrações do momento, que é necessário fazer de acordo com os nossos rituais. Nada voltado ao público, exatamente por questão de segurança, ainda não nos sentimos seguros em poder agrupar muita gente”, finaliza.

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