Relembre 10 personalidades do DF que morreram em 2019
Brasília se despediu de personagens que marcaram história na capital, entre atuantes no meio artístico, político, jurídico e acadêmico
atualizado
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Em 2019, o Distrito Federal perdeu personagens que fizeram parte da história da capital, entre atuantes no meio político, cultural, jurídico e acadêmico.
Este ano, os brasilienses se despediram de Benjamin Roriz, primo e braço direito do ex-governador Joaquim Roriz; o Pai de Brasília, Toniquinho JK; o ex-deputado distrital Juarezão e o advogado Eri Varela – estes últimos dois, mortos em acidentes de trânsito.
Relembre, na retrospectiva do Metrópoles, 10 personalidades da capital que morreram neste ano:
Eri Varela
Em abril, o advogado Eri Varela morreu em acidente de carro na BR-040. O veículo que conduzia colidiu frontalmente em um ônibus de turismo na BR-040. O incidente ocorreu em trecho que liga Cristalina (GO) ao DF.
Varela foi defensor de políticos importantes do DF, entre eles o ex-governador Joaquim Roriz, com quem manteve parceria de uma vida inteira.
Benjamin Roriz
Primo e braço direito de Joaquim Roriz, Benjamin Roriz, faleceu em abril deste ano, aos 97 anos. Ao longo da vida, foi secretário de Governo em todas as gestões do ex-chefe do Executivo local.
Auditor da Receita Federal, começou sua carreira em Goiás, onde também foi secretário de Governo. Tinha insuficiência renal e fazia diálise todos os dias. Nos últimos dois anos, locomovia-se com cadeira de rodas. Benjamin Roriz era viúvo e deixa duas filhas.
Juarezão
Ex-deputado distrital, Juarez Carlos de Lima Oliveira, o Juarezão (PSB), 56 anos, morreu após sofrer um grave acidente automobilístico na BR-080, próximo a Brazlândia. O incidente que tirou a vida do parlamentar ocorreu na noite 21 de junho.
O ex-parlamentar foi eleito em 2014. Em 2016, os distritais o escolheram como vice-presidente da Câmara Legislativa para a cadeira deixada por Liliane Roriz (Pros), que renunciou ao cargo após divulgar as gravações que originaram a Operação Drácon, sobre a suposta cobrança de propina por parte de deputados.
Roberto Aguiar
Ex-reitor e professor emérito da Universidade de Brasília (UnB), Roberto Aguiar está entre as personalidades que morreram neste ano. Além do trabalho acadêmico, Aguiar foi secretário de Segurança do DF e do Rio de Janeiro.
Roberto Aguiar era professor titular da Faculdade de Direito da Universidade de Brasília. Ingressou na instituição em 1989, como procurador-chefe e professor do Instituto de Ciência Política e Relações Internacionais.
Geraldo Sobral Rocha
Ainda em 2019, o DF perdeu Geraldo Sobral Rocha. O cineasta de 77 anos marcou história com o filme “Brasília Ano 10”, produzido e dirigido por ele na década de 1970. A obra nasceu como um vídeo institucional para comemorar os 10 anos da cidade, mas ficou marcada como um dos primeiros registros históricos da nova capital.
Rocha nasceu em Floriano (PI) e chegou ao DF em 1964, quando tinha apenas 22 anos. Estudou cinema na primeira turma do curso da Universidade de Brasília (UnB). Morreu em julho deste ano, em decorrência de um câncer de boca.
Antônio Augusto Carvalho de Moraes
Conhecido pelo trabalho à frente do Sindicato do Comércio Varejista do Distrito Federal (Sindivarejista), Antônio Augusto Carvalho de Moraes morreu em setembro, aos 78 anos. Ele lutava contra um câncer.
Moraes presidiu a entidade de 2004 a 2014, tendo assumido em 2013, no governo de Agnelo Queiroz (PT), o cargo de secretário de Micro e Pequena Empresa e Economia Solidária (Sempes). Sua experiência na entidade e na gestão da rede de lojas Free Corner, do qual era dono, o credenciaram para a pasta.
Toniquinho JK
Em novembro, morreu, aos 94 anos, o goiano Antônio Soares Neto. Conhecido como Toniquinho JK, ele entrou para história ao “pressionar” o então candidato à Presidência da República Juscelino Kubitschek a cumprir a promessa de criar a nova capital brasileira.
O encontro que mudou a vida do corretor de seguros ocorreu quando ele ainda tinha 29 anos, durante um comício em 1955. Na oportunidade, Toniquinho perguntou a Juscelino: “O senhor prometeu cumprir a Constituição. Nela está prevista a transferência da capital para o interior do país, o senhor vai cumprir também isso?”. O episódio também lhe rendeu o apelido de “Pai de Brasília”.
Ronaldo Junqueira
Fundador do extinto Jornal da Comunidade, o jornalista Ronaldo Junqueira morreu aos 72 anos, em 9 de dezembro. Ao longo da carreira, trabalhou na sucursal do Jornal Última Hora em Brasília, em 1965. Passou pela redação do Jornal do Brasil, Revista Manchete e foi diretor de redação do Correio Braziliense.
Depois, criou o Grupo Comunidade de Comunicação. O Jornal da Comunidade foi lançado em 1991. Em 2001, Junqueira lançou o “filho popular” do periódico, o Jornal Coletivo. Com o fechamento das publicações em 2015, a saúde de Junqueira começou a piorar. Ele vinha fazendo diversos tratamentos. Em outubro deste ano, foi internado com infecção urinária e passou por cirurgia na próstata.
Orlando Pacheco
O publicitário Orlando Pacheco morreu na tarde de 16 de dezembro, no Hospital Brasília. Pacheco teve pneumonia e faleceu após sentir dificuldades para respirar. Poucos dias antes de morrer, descobriu que tinha câncer.
Marqueteiro político, Pacheco atuou nas campanhas e gestões do governador Ibaneis Rocha (MDB) e dos ex-governadores José Roberto Arruda e Joaquim Roriz.
João de Assis Mariosi
Conhecido pelo trabalho desenvolvido no Tribunal de Justiça do DF e Territórios (TJDFT) e pelo Tribunal Regional Eleitoral do DF (TRE-DF), João de Assis Mariosi morreu aos 76 anos, em 18 de dezembro, em decorrência de complicações pós-operatórias.
De 2010 a 2012, Mariosi atuou como presidente do TRE-DF. Ele esteve à frente do TJDFT de 2012 a 2013 e no órgão também atuou como corregedor da Justiça.
O jurista se aposentou em 22 de março de 2013. O Tribunal Pleno do TJDFT deu medalha-prêmio a Mariosi em homenagem aos 54 anos que ele dedicou ao serviço público.