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Relatório revela que mulheres ganham 11% menos que homens no DF

O estudo aponta que, no Distrito Federal, a média de remuneração dos homens é de R$ 6.026,56, enquanto a das mulheres é de R$ 5.360,48

atualizado

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Pessoa segurando carteira de trabalho. Dados do IBGE - Metrópoles
1 de 1 Pessoa segurando carteira de trabalho. Dados do IBGE - Metrópoles - Foto: Hugo Barreto/Metrópoles

Segundo dados do 2º Relatório de Transparência Salarial, divulgado pelos Ministérios do Trabalho e Emprego (MTE) e das Mulheres, no Distrito Federal, as mulheres ganham, em média, 11,05% menos que os homens. O levantamento, que traz dados de empresas com 100 ou mais funcionários, aponta que a remuneração média dos homens no DF é de R$ 6.026,56, enquanto a das mulheres é de R$ 5.360,48.

A diferença salarial é menor que a média nacional, onde as mulheres ganham 20,7% menos que os homens. O relatório faz parte de um a série de medidas previstas pela Lei nº 14.611/2023, que estabelece a igualdade salarial entre homens e mulheres em funções equivalentes, com a mesma produtividade e eficiência.

Diferença salarial varia conforme o cargo

A disparidade salarial no DF se agrava dependendo da função ocupada. Em cargos de liderança, como dirigentes e gerentes, a diferença chega a 22,7%. O levantamento também mostrou que a disparidade salarial varia de acordo com a raça. Mulheres negras no DF recebem, em média, 36,6% menos que as mulheres não negras. Já entre os homens, a diferença salarial entre negros e não negros é de 37,7%.

A pesquisa contou com a participação de 1.023 empresas do DF, que juntas empregam 466,5 mil pessoas. Este é o segundo relatório sobre o tema; o primeiro, divulgado em março, mostrou que a diferença salarial era de 8% entre homens e mulheres no DF. Embora a participação feminina no mercado de trabalho tenha crescido, a desigualdade salarial ainda se mantém expressiva, especialmente em cargos de liderança e entre mulheres negras.

O documento também apontou que 63% das empresas do DF possuem planos de cargos e salários, e 35,6% têm políticas de incentivo à contratação de mulheres. Contudo, apenas 30,1% das empresas contam com ações específicas para a contratação de mulheres negras, enquanto 23,6% têm políticas voltadas para a contratação de mulheres LGBTQIAP+.

O relatório também destaca a importância de medidas como a flexibilização do regime de trabalho para apoiar a parentalidade, entre outras práticas que facilitam a entrada, permanência e ascensão das mulheres no mercado de trabalho.

Mulheres negras em desvantagem

Paula Montagner, Subsecretária de Estatísticas e Estudos do Ministério do Trabalho e Emprego, destacou a posição desvantajosa das mulheres negras no mercado de trabalho. “As mulheres negras estão concentradas na base da pirâmide, principalmente nos serviços domésticos, de limpeza, alimentação e saúde básica, tanto no setor público quanto privado”, afirmou.

O levantamento reafirma a necessidade de políticas mais robustas para enfrentar a desigualdade salarial e promover a equidade no ambiente de trabalho, especialmente para grupos mais vulneráveis, como mulheres negras e LGBTQIAP+.

O Relatório de Transparência Salarial serve como um alerta para empresas e instituições, reforçando a urgência de medidas que combatam a discriminação salarial e promovam a equidade de gênero e raça no mercado de trabalho.

Com informações do Ministérios do Trabalho e Emprego (MTE).

 

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