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Reforma da cozinha do Hospital de Base deve começar na próxima semana

A reforma da cozinha vai ser capitaneada pelo IgesDF. Ocorrerá outra reunião, na segunda-feira (27/2), às 11h

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Vistoria MPDFT cozinha Hospital de Base do Distrito Federal (HBDF)
1 de 1 Vistoria MPDFT cozinha Hospital de Base do Distrito Federal (HBDF) - Foto: Reprodução

A reforma na cozinha do Instituto Hospital de Base poderá começar na próxima semana. Os detalhes da operação foram acertados em reunião realizada nesta quinta-feira (23/2) entre o Instituto de Gestão Estratégica de Saúde (Iges-DF), a empresa prestadora de serviços alimentícios Salutar e o Governo do Distrito Federal (GDF).

De imediato, ainda nesta quinta (23), ocorrerá uma dedetização em toda a unidade hospitalar. A Salutar se comprometeu a custear e iniciar, ainda nesta sexta (24), a reforma dos banheiros adjacentes às cozinhas. O IgesDF ficou a cargo de elaborar um plano de necessidades, com as demandas e previsão de custos da reforma, e apresentá-lo em uma nova reunião, marcada para às 11h da próxima segunda-feira (27).

Para início da reforma, será necessária a desocupação da cozinha por parte da Salutar. A etapa logística inicial é de que a empresa alugue um outro espaço para preparação das dietas e forneça a alimentação transportada para os pacientes enquanto durarem as obras. Segundo o GDF, a intervenção deve durar no máximo 40 dias. No Base, são servidas cerca de 5,4 mil refeições diárias.

“Se a empresa não conseguir se instalar para produzir as refeições [até a próxima reunião], nós temos uma segunda alternativa que é a própria rede pública de Saúde fornecer as refeições, com alguns hospitais que já tem essa cozinha industrial, que são o HMIB e o HRAN”, afirmou a governadora em exercício Celina Leão (PP) após a reunião.

Reforma do Base

Ainda em sua fala, a governadora em exercício Celina Leão (PP) comentou sobre uma futura reforma de todo Instituto Hospital de Base.

“Existe. Esse plano já foi elaborado pelo IgesDF, inclusive começou a ser feita a reforma de alguns andares. Nós tínhamos um problema contratual, o IgesDF não pode fazer investimento”, destacou Celina.

Apesar de reconhecer a necessidade de reforma do espaço, a governadora em exercício não estipulou uma data para início de uma intervenção geral no hospital.

Para Waldenes Barbosa, diretor da Salutar, a necessidade da intervenção ocorre por conta da idade do edifício. “Nunca teve reforma nas cozinhas e ele tem 60 anos”, pontuou.

Vistoria

A reunião desta quinta ocorre um dia depois que a governadora em exercício visitar a unidade.

“Percebemos uma grave situação, mas que, felizmente, não compromete o fornecimento das refeições dos pacientes. Diante do quadro observado nas instalações, determinei o início imediato dos serviços de reforma”, enfatizou a atual chefe do Palácio do Buriti, após a visita.

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Para o MP, o episódio provavelmente visava criar uma situação degradante das condições do local
Em outro momento da vistoria, um homem que se identificou como membro do jurídico do Iges alegou que havia um enorme vazamento de gás de uma panela de pressão
A chefe da Nutrição do Iges também chamou a atenção de duas funcionárias pelo armazenamento incorreto de laticínios
O piso da cozinha industrial está em péssimas condições
O teto apresenta infiltrações
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Durante visita do MP, uma mulher que aparentava ser funcionária jogou um isopor com refeição no chão

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Para o MP, o episódio provavelmente visava criar uma situação degradante das condições do local

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Em outro momento da vistoria, um homem que se identificou como membro do jurídico do Iges alegou que havia um enorme vazamento de gás de uma panela de pressão

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A chefe da Nutrição do Iges também chamou a atenção de duas funcionárias pelo armazenamento incorreto de laticínios

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O piso da cozinha industrial está em péssimas condições

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O teto apresenta infiltrações

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O vestiário está em péssimas condições estruturais

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Com portas de armários danificadas

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E armários quebrados

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Portas dos boxes do banheiros estão quebradas

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Nas câmara frias, carnes ainda estavam armazenadas em caixas de papelão

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E alimentos enterais não estavam armazenados com a temperatura adequada

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O departamento de materiais de limpeza estava limpo e organizado

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Os locais de guarda de insumos estavam limpos e organizados

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O de descartáveis também apresentava-se em ordem

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Em setembro do ano passado, uma vistoria do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) identificou evidências de sabotagem supostamente praticada por funcionários do IgesDF (veja acima).

No entanto, até então, as melhorias não ocorreram. As obras de reforma ficaram estimadas em R$ 2,5 milhões.

Confira os valores previstos:

O Metrópoles teve acesso ao relatório elaborado pela instituição. A vistoria destacou, ainda, que o vestiário dos funcionários e o piso da cozinha estão em “péssimas condições” e que o teto apresenta “fortes sinais de infiltração”.

Nas câmaras frias, apesar de funcionarem em temperatura adequada, as equipes identificaram, durante a vistoria, carnes armazenadas em caixas de papelão, como entregues pelo fornecedor.

Além disso, alimentos de dietas enterais — para pacientes que precisam de alimentação líquida, por sonda nasal — estavam guardados em local sem controle de temperatura.

Disputa judicial

No ano passado, o Iges-DF chegou a rescindir o contrato com a Salutar, mas, cerca de um mês depois, o Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDFT) determinou a retomada do acordo.

Depois de quase um mês da intervenção da Justiça, o MPDFT conduziu o firmamento de um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) entre as partes, mas atestou, meses depois, que o Iges-DF não teria cumprido as obrigações do acordo — celebrado em abril de 2021, por um valor aproximado de R$ 73 milhões e com prazo de 24 meses.

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