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Rede pública do DF encerra atípico ano letivo de 2020. Veja os fatos mais marcantes

Entre aulas remotas e vaivém judicial sobre retorno à modalidade presencial, estudantes conseguem concluir mais uma etapa no aprendizado

atualizado

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Sala de aula no DF
1 de 1 Sala de aula no DF - Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

O ano letivo na rede pública de ensino referente a 2020 termina nesta quinta-feira (28/1) em desfecho atípico devido à pandemia do novo coronavírus. Em situações normais, as atividades são concluídas entre novembro e dezembro, com a retomada em fevereiro. Mas em função das dificuldades do ensino remoto e a paralisação das aulas em março para combater a contaminação por Covid-19 na capital, a formatura dos estudantes só pode se concretizar no fim de janeiro.

As férias terão pouco mais de um mês de duração, com retorno ainda no modelo híbrido em 8 de março. O governador Ibaneis Rocha (MDB) afirmou pretender vacinar os professores antes da data para dar maior segurança contra doença no ano letivo de 2021.

A fim de conseguir concluir os dias letivos e as horas necessárias para obedecer a Lei de Diretrizes e Bases (LDB), o Calendário Escolar 2020 precisou ser reorganizado.

As aulas na rede pública de ensino do DF começaram em 10 de fevereiro e foram interrompidas no mês seguinte. Em março, após dois dias de ponto facultativo, o recesso do meio do ano acabou antecipado e ocorreu de 16 a 31.

Decretos

Em 12 de março de 2020, foi publicado o primeiro decreto com a suspensão das aulas em escolas públicas e privadas da capital do país por conta do coronavírus. Depois disso, outros decretos prorrogaram o fechamento das escolas.

O GDF criou o programa Escola em Casa DF para que os docentes pudessem ensinar os alunos da educação básica por celular ou computador. A frequência passou a ser computada por meio da realização de atividades postadas na plataforma Google Sala de Aula, que permite interação entre professor e estudante. Aqueles que não tiverem acesso à internet recebem material impresso. A organização da entrega cabe a cada escola.

Higienização

Em 27 de julho, Governo do Distrito Federal (GDF) realizou a higienização e a desinfecção do Centro de Ensino Médio Urso Branco, no Núcleo Bandeirante. Essa foi a primeira escola a previsão que se tinha de retorno das aulas presenciais. A previsão inicial era retomada em agosto, mas o governador Ibaneis Rocha (MDB), com os secretários de Educação e de Saúde, decidiu suspender, em 19 de agosto, a retomada das atividades nos centros de ensino por tempo indeterminado.

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Higienização nas escolas públicas do DF
O benefício vai continuar somente enquanto perdurar o atendimento exclusivamente remoto das aulas
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As escolas públicas chegaram a passar por higienização em 2020, mas não retornaram ao ensino presencial

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O benefício vai continuar somente enquanto perdurar o atendimento exclusivamente remoto das aulas

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Higienização nas escolas públicas do DF

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Após vaivém judicial, com determinações de retorno ao ensino presencial, no modelo híbrido, o secretário de Educação decidiu que esse tipo de educação só seria aplicada em 2021, a depender da evolução do novo coronavírus na capital e da vacinação no DF.

Reprovação

Em janeiro de 2021, os critérios de reprovação para alunos da rede pública de ensino referentes ao ano letivo de 2020 foram flexibilizados. Devido a pandemia do novo coronavírus, os Conselhos de Classe foram orientados a analisar caso a caso, considerando a capacidade de cada aluno em dar continuidade ao ensino da etapa passada em 2021. A orientação da Secretaria de Educação é que a reprovação não siga os critérios rígidos do ensino presencial convencional.

Calendário 2021

Em dezembro de 2020, foi publicada no Diário Oficial do Distrito Federal (DODF) portaria da Secretaria de Educação do DF (SEE-DF) que estabeleceu o calendário escolar para escolas públicas, centros interescolares de línguas (CILs), de instituições educacionais parceiras e centros de educação da primeira infância.

Ficou estabelecido que os alunos do DF terão aulas aos sábados em 2021, para cumprimento de carga horária. Ao todo, nos calendários anual, semestral e dos CILs, serão utilizados 11 sábados letivos, remotos. Destes, oito podem ser flexibilizados, garantindo a autonomia da unidade escolar, segundo a publicação.

A portaria detalha, ainda, que outros três sábados serão considerados letivos temáticos remotos: 13 de março, 29 de maio e 23 de outubro. Neste caso, toda a comunidade escolar se reúne para discutir as práticas pedagógicas e avaliativas desenvolvidas nas unidades.

O secretário de Educação do DF, Leandro Cruz, concede entrevista coletiva nesta quinta-feira (28/1) para falar sobre o fim do ano letivo de 2020 e como será a educação pública no DF em 2021.

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