Rede de supermercados Tatico indenizará empregado que ficou paralítico
Funcionário realizava atividades de carga e descarga quando foi atingido por duas toneladas de sacos de arroz que estavam indevidamente armazenados no depósito do estabelecimento
atualizado
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Um auxiliar de depósito da rede de supermercado Tatico, do Distrito Federal, será indenizado em R$ 600 mil. O funcionário de 29 anos ficou paraplégico após ser atingido por partes de uma carga de duas toneladas de sacos de arroz que estavam indevidamente armazenados no depósito do estabelecimento na quadra 106 do Recanto das Emas.
No processo, a rede, sem mais possibilidade de recorrer na Justiça, alegou não ter culpa pelo acidente. A justificativa era de que ele ocorreu apenas “por caso fortuito”. O pagamento será feito em seis parcelas iguais de R$ 100 mil. Caso atrase, pode receber multa diária de 1% sobre o valor da indenização. A empresa também terá de pagar todos os gastos referentes às custas processuais. O montante desembolsado com as ações na Justiça é avaliado em R$ 22,4 mil.
De acordo com a ação, o funcionário foi atingido por aproximadamente duas toneladas de arroz ensacados e não usava equipamento de proteção individual. Além disso, o documento também fala que o depósito do estabelecimento é “completamente irregular” e o risco de acidente é “iminente”.
A vítima foi socorrida pelo Samu e encaminhada ao Hospital de Base, onde ficou internado por cerca de duas semanas, após passar por cirurgias e exames médicos. Ele sofreu fratura exposta na perna esquerda e grave lesão na coluna cervical.
Segundo o processo, não houve nenhum apoio ou assistência do supermercado no acompanhamento da vítima, que vivia na periferia e, com um salário mínimo, era o único provedor da filha, que sofre de doença mental, e da mulher.
“O reclamante poderá ficar o resto da vida debilitado em uma cadeira de roda, sem poder andar, correr, se exercitar e quem dirá trabalhar, ou seja, a perda da sua capacidade será laborativa total e o mesmo terá que ser aposentado”., avaliou o advogado da vítima, Benito Conde.
Com informações do G1