Recuperado da Covid-19, paciente faz live após receber alta no DF
Equipe médica do Hospital de Base recorreu ao celular para mostrar a vitória de aposentado na luta contra o coronavírus
atualizado
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Ronaldo Esser foi transferido para a enfermaria do Hospital de Base nesta terça-feira (9/3), depois de passar 18 dias lutando contra a Covid-19 no Hospital Regional da Asa Norte (Hran) e na unidade de terapia intensiva da maior unidade de saúde do Distrito Federal.
“Estou vivo! estou vivo!”, gritou, emocionado, o aposentado.
A cena, transmitida ao vivo durante 14 minutos pelo celular, mostra o animado Ronaldo e a esposa, Sônia, que o recebia com lágrimas e risos. A equipe médica da UTI organizou a transmissão on-line.
Veja o vídeo:
Os profissionais de saúde, desde que começaram a cuidar de Ronaldo, queriam que a família tivesse notícias do paciente. Como ele não havia sido intubado, decidiram uni-los por videochamada de celular. Assim, a família tinham informações sobre a saúde do paciente. e o aposentado conseguia ver, falar e ouvir mulher e filhos.
Quando Ronaldo estava pronto para deixar a UTI, a equipe médica planejou mais uma videoconferência. Desta vez, para mostrar a alta e a transferência do aposentado para a enfermaria.
Outros três profissionais foram fundamentais na recuperação do aposentado e na transmissão da alta: o médico Thiago Mendes, a psicóloga Camila Mendes e a enfermeira-chefe Josilene Cardoso Pereira. “Ver a recuperação e conseguir restabelecer um paciente que estava em um quadro clínico gravíssimo nos deixa muito felizes”, ressaltou o médico Belchior Oliveira Júnior, chefe da UTI Covid do Hospital de Base.
Saudade da família
Ronaldo Esser foi diagnosticado com Covid-19 em 20 de fevereiro, após oito dias sentindo cansaço e dores nas pernas. “Ele negava-se a acreditar que havia sido infectado. Depois que o resultado deu positivo, ele finalmente acreditou, e o levamos rapidamente ao hospital”, relembra a filha Mariana.
Ao constatar que o pulmão do paciente estava com 25% de comprometimento, Ronaldo precisou ser internado às pressas no Hran, “já com dificuldades para respirar”, segundo Mariana. A internação de Ronaldo no Hran seguiu instável até que, em 4 de março, ele seguiu para a UTI Covid do Hospital de Base.
“Disseram que, devido à inconstância de sua saúde, era necessário o acompanhamento intensivo”, relata a filha. Internado no Hospital de Base, Ronaldo usou máscara de oxigênio para auxiliar na respiração. “Graças a Deus, ele não precisou ser intubado, mas tivemos dificuldades, no início, para ter notícias dele”, conta a filha.
O problema de comunicação foi resolvido quando a equipe de Belchior recorreu ao celular para que os familiares pudessem acompanhar o estado de saúde de Ronaldo a cada dia. “O doutor Belchior e toda a equipe foram incansáveis”, parabeniza Mariana. “A família agradece imensamente todo o apoio e a paciência para as explicações didáticas e o retorno, cotidiano, do quadro clínico do meu pai”.
Ronaldo agora prosseguirá o tratamento contra a Covid-19 na enfermaria no Hospital de Base, uma das oito unidades administradas pelo Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal (Iges-DF).