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Reclamações contra a Secretaria de Saúde do DF aumentam mais de 179% em 6 anos

Dados da Controladoria-Geral do DF mostram que, em 2022, houve mais de 40 mil reclamações contra a Saúde na ouvidoria geral

atualizado

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1 de 1 Reclamac¸o~esSES - Foto: Arte/Metrópoles

Em um período de seis anos, as reclamações registradas na Ouvidoria do Governo do Distrito Federal contra a Secretaria de Saúde (SES-DF) aumentaram mais de 179%. Em 2017, a Controladoria-Geral do DF (CGDF) recebeu 14.493 reivindicações contra a SES. Ano passado, o número passou de 40 mil.

Os dados são da CGDF e foram obtidos por meio da Lei de Acesso à Informação (LAI). Nos anos entre o período analisado, os registros contra a pasta só aumentaram.

Veja:

  • 2017: 14.493 reclamações
  • 2018: 19.888 reclamações
  • 2019: 30.044 reclamações
  • 2020: 34.724 reclamações
  • 2021: 38.189 reclamações
  • 2022: 40.473 reclamações

De acordo com os dados, nos primeiros três meses de 2023, a Saúde foi alvo de 15.721 reclamações.

Agendamentos

As demandas com questões sobre os agendamentos no sistema público de saúde lideram o ranking da ouvidoria na maioria dos anos. Em 2017, a maioria das manifestações por problemas no agendamento era em relação às consultas. Nesse ano, foram realizadas 1.429 reclamações do tipo.

Ano passado, a CGDF identificou 5,5 mil protocolos abertos por dificuldade no agendamento de consultas. Este ano, já foram 2,1 mil.

Problemas com a definição de data para a realização de um cirurgia também chamam a atenção entre os dados da Ouvidoria. No período analisado, o ano de 2022 foi o que mais obteve reclamações sobre o agendamento de cirurgias na rede pública. O total chegou a 2.626.

Servidores

As queixas relacionadas aos servidores da SES também são frequentes no ranking da Ouvidoria do GDF. O pico foi em 2019, quando a Controladoria recebeu 1.662 ações na categoria “servidor público” e outras 1;332 sobre falta de médicos, totalizando 2,9 mil.

No ano passado, as queixas do tipo chegaram a 2,5 mil; sobre falta de profissionais para atendimento foi de 897.

Denúncias de assédio no serviço público aumentaram mais de 5.000% em seis anos

Procurada, a Secretaria de Saúde do DF informou, em nota, que, em 2017, o sistema tinha apenas seis meses de implantação. “Além disso, é necessário considerar que o aumento da confiança do cidadão, faz com que ele volte para buscar ajuda na ouvidoria novamente. Das 40.473 manifestações de ouvidoria registradas, 8.369 foram avaliadas pelo cidadão que, em 39% dos casos, considerou a SES-DF resolutiva frente à demanda apresentada”, disse a pasta.

“O canal da Ouvidoria era a única forma do cidadão conseguir informações de maneira ativa sobre suas consultas. Vale ressaltar que houve a demanda reprimida advinda com a pandemia e a divulgação dos canais da Ouvidoria foram ampliados, não só pelo 162 e presencial, mas também pela internet. A previsão é que no próximo mês o usuário consiga acessar o Acompanha SUS, onde ele acessará livremente seus agendamentos e, consequentemente, reduzirá no número de demandas na Ouvidoria”.

Em relação à marcação de consultas, a pasta esclareceu que a inserção no sistema do Complexo Regulador é realizada pelas equipes das unidades básicas de saúde (UBSs), policlínicas e hospitais. “O Complexo Regulador é o responsável pela transparência e impessoalidade na fila, sem inserir ninguém no sistema.”

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