metropoles.com

Racha na L4 Sul: júri condena um motorista a 15 anos e absolve o outro

Os réus Noé Albuquerque e Eraldo José eram acusados pela morte de duas pessoas pelo episódio que ficou conhecido como “racha na L4 Sul”

atualizado

Compartilhar notícia

Google News - Metrópoles
CBMDF/Divulgação
racha na l4 sul 7
1 de 1 racha na l4 sul 7 - Foto: CBMDF/Divulgação

O Tribunal do Júri de Brasília chegou a um veredicto sete anos após a tragédia que ficou conhecida como “racha na L4 Sul”. Os jurados decidiram na noite desta quarta-feira (31/7) condenar um dos motoristas e absolver o outro pelo envolvimento na morte de duas pessoas, em abril de 2017.

Eraldo José Cavalcante Pereira foi condenado a 15 anos e 7 meses, em regime fechado, por homicídio, tentativa de homicídio triplamente qualificada e crimes de trânsito. Ele poderá recorrer da decisão em liberdade.

De acordo com as investigações da época, o carro do advogado Eraldo José Cavalcante Pereira, um Jetta cinza, bateu em alta velocidade contra o veículo das vítimas, Cleusa Maria Cayres, de 69 anos, e o filho dela, Ricardo Clemente Cayres, de 46.

Pereira estaria, segundo a acusação, participando de um racha com Noé Albuquerque Oliveira, que dirigia uma Ranger Rover Evoque branca.

Os dois motoristas foram denunciados por homicídio, tentativa de homicídio triplamente qualificada e crimes de trânsito pelo Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT). Noé Oliveira foi absolvido pelos jurados.

9 imagens
1 de 9

CBMDF/Divulgação
2 de 9

CBMDF/Divulgação
3 de 9

CBMDF/Divulgação
4 de 9

CBMDF/Divulgação
5 de 9

CBMDF/Divulgação
6 de 9

CBMDF/Divulgação
7 de 9

CBMDF/Divulgação
8 de 9

CBMDF/Divulgação
9 de 9

CBMDF/Divulgação

Eraldo chegou a confirmar que dirigia a 110 km/h, conforme apontado em laudo da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF). Já Noé assumiu que ingeriu bebida alcoólica em pequena quantidade. Ambos estavam em uma festa a bordo de uma lancha no lago Paranoá.

Procurada pelo Metrópoles, a defesa de Eraldo disse que respeita a decisão, mas não concorda e irá recorrer. “Até porque contrariou a prova técnica. O importante é que foi reconhecido, com a absolvição do Noé, o que sempre defendemos, a ausência do racha”, afirma o advogado Alexandre Queiroz.

O advogado Daniel J. Kaefer, que representa Noé, disse que o júri reconheceu, além da inocência, “que o bombeiro não teve qualquer participação nos eventos trágicos, atuando apenas como o homem, cidadão e profissional dedicado a servir, proteger e salvar vidas há 29 anos”.

Segundo ele, o réu absolvido e a família sofreram “danos irreparáveis” ao longo do processo.

A tragédia

O acidente ocorreu por volta das 19h30 de 30 de abril de 2017, um domingo. Testemunhas afirmam que a Land Rover Evoque de Noé e o Jetta de Eraldo estavam emparelhados, em alta velocidade, na via.

Segundo Eraldo, ele teria perdido o controle do Jetta e atingido o Fiesta onde estavam quatro pessoas da mesma família. A força foi tamanha que o carro das vítimas capotou. A traseira do veículo ficou completamente destruída.

No banco de trás, devidamente presos ao cinto de segurança, estavam Ricardo e a mãe, Cleusa. Para eles, não houve tempo de socorro: eles morreram após o impacto.

Compartilhar notícia

Quais assuntos você deseja receber?

Ícone de sino para notificações

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

Ícone de ajustes do navegador

Mais opções no Google Chrome

2.

Ícone de configurações

Configurações

3.

Configurações do site

4.

Ícone de sino para notificações

Notificações

5.

Ícone de alternância ligado para notificações

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comDistrito Federal

Você quer ficar por dentro das notícias do Distrito Federal e receber notificações em tempo real?