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“Quero que fiquem bem”, diz menina atropelada por motorista bêbado

Maria Eduarda, 10 anos, foi a única das cinco crianças atropeladas que não precisou de UTI. Mãe e filha torcem pela recuperação das outras

atualizado

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Francisca Katiane Silvia, mãe de Maria Eduarda, criança que teve alta hospitalar após atropelamento em Ceilândia, abraçada à filha em casa - Metrópoles
1 de 1 Francisca Katiane Silvia, mãe de Maria Eduarda, criança que teve alta hospitalar após atropelamento em Ceilândia, abraçada à filha em casa - Metrópoles - Foto: Hugo Barreto/Metrópoles

Uma das cinco crianças atropeladas por um motorista bêbado, em Ceilândia, nesse domingo (22/5), está em casa. Recuperando-se do trauma, a menina mandou um recado para as amigas: “Quero que elas fiquem bem igual eu. Venham logo para casa e continuem sendo essas pessoas legais. Quero que elas voltem logo para a gente fazer as nossas aulas de judô”, comentou Maria Eduarda, 10 anos.

Há três dias vivendo um pesadelo, Katiane Silvia, 35, contou ao Metrópoles que está dividida. “Estou aliviada, mas o meu coração ainda não está em paz. Queremos todas as meninas em casa e bem. Pela gravidade do acidente, a Maria Eduarda estar viva é um milagre. Estamos em oração pela recuperação das outras crianças”, disse Katiane.

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Katiane e a filha Maria Eduarda, 10 anos
A menina ficou internada no Hospital Regional de Ceilândia
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Katiane, com a filha Maria Eduarda: ""Estou aliviada, mas o meu coração ainda não está em paz. Queremos todas as meninas em casa e bem"

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Katiane e a filha Maria Eduarda, 10 anos

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A menina ficou internada no Hospital Regional de Ceilândia

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Todas as vítimas chegaram a hospitais em estado grave após serem atropeladas por Francisco Manoel da Silva, 53 anos. Ele dirigia sem Carteira Nacional de Habilitação (CNH), em alta velocidade e bêbado.

A diarista estava em casa quando soube que a filha havia sofrido um acidente. A criança estava a caminho de um parquinho com outras quatro amigas, entre 4 e 10 anos.

“Quando os vizinhos chegaram gritando à minha casa, eu já imaginei que poderia ter acontecido o pior. Aí, eu saí desesperada na rua e me deparei com a cena do acidente. A Maria Eduarda estava no chão acordada, mas completamente desorientada, nem me reconhecia. As outras já estavam sendo socorridas pelo Samu”, relembra Katiane.

Maria Eduarda ficou internada no Hospital Regional da Ceilândia (HRC) e recebeu alta na tarde dessa segunda-feira (23/5). A criança sofreu apenas escoriações pelo corpo e lesões leves.

Caso grave

As vítimas são primas, e, duas delas, irmãs. Ana Julia e Bruna Raquel, ambas de 6 anos, e Sofia Valentina, de 4, seguem intubadas e em estado grave no Hospital de Base.

Ester Isabely, 10, estava no Hospital Regional da Ceilândia (HRC), mas foi transferida, na manhã dessa segunda-feira (23/5), para o Hospital Base e precisou aguardar por uma vaga na UTI. A criança estava com suspeita de sangramento na cabeça e dificuldades de reconhecer os familiares, mas não precisou ser intubada.

Entenda o caso

Após cometer o crime, Francisco tentou fugir, mas foi detido por um grupo de motoboys que presenciaram o atropelamento. Ele recebeu voz de prisão e foi levado para a 15ª Delegacia de Polícia (Ceilândia Centro). Conforme divulgou a Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF), o condutor estava bêbado “por laudo de constatação” confirmado pelo Instituto Médico Legal (IML). Trata-se de um exame atestado mediante sinais claros de embriaguez, mesmo quando há recusa da parte em assoprar o bafômetro.

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Motorista estava embriagado no momento do acidente na faixa de pedestre
Local onde cinco crianças foram atropeladas, no domingo (22/5), em Ceilândia
O veículo ficou com a frente danificada após o impacto
Objetos das crianças atropeladas
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Francisco Manoel da Silva, 53 anos, o motorista bêbado que atropelou cinco crianças, em Ceilândia, no domingo (22/5)

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Motorista estava embriagado no momento do acidente na faixa de pedestre

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Local onde cinco crianças foram atropeladas, no domingo (22/5), em Ceilândia

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Objetos das crianças atropeladas

Ana Karolline Rodrigues

Moradores da região testemunharam o momento em que o motorista embriagado atingiu as vítimas. Francisco Lima, 71, aposentado, mora na casa em frente ao local. Segundo ele, o barulho do impacto do corpo das crianças no carro é indescritível. “Quando saí para ver o que havia acontecido, entrei em desespero. As crianças estavam jogadas próximo ao bueiro, no canteiro. Outra havia sido arremessada a metros da faixa de pedestre. Foi uma das coisas mais horríveis que já vi”, disse o homem, emocionado.

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