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“Quero que ela fique presa”, diz mãe de bebê sequestrado no Conic

Mais do que justiça, Arlete Bastos quer ajuda para que ela e o marido encontrem um emprego. Família é carente e precisa de apoio

atualizado

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Nathalia Cardim/Metrópoles
Mãe de bebê sequestrado
1 de 1 Mãe de bebê sequestrado - Foto: Nathalia Cardim/Metrópoles

Depois de passar pelo susto de ter a filha Valentina, de apenas três meses, sequestrada na manhã de quinta-feira (29/6) no Conic, a sexta-feira (30) tem um significado especial para a faxineira desempregada Arlete Bastos, 29 anos.

Em casa, com sua pequena nos braços, Arlete diz, serenamente, que não perdoa Cevilha Moreira dos Santos, 44,  a mulher que sequestrou Valentina. “Quero que ela fique presa. Ela me passou confiança e agiu de má-fé. Eu estava passando necessidade. Quando fiquei sem a Valentina, me vi sem chão”, desabafou a mãe.

Logo ela retoma o sorriso e resume como foi a noite feliz da família com a menininha de volta em seus braços. “Estamos com o coração em paz depois de tanto sofrimento durante o dia”. Valentina é uma criança sadia. E desde a tarde desta quinta, quando foi achada, as duas não se desgrudam.

Arlete recebeu vários amigos na casa da família na Vila Rabelo 2, periferia de Sobradinho, onde mora com o marido e os quatro filhos, de 12, oito e 7 anos, além de Valentina. A residência é simples. Foi construída com tijolos e telhado de amianto.

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Arlete com Valentina
A sequestradora Cevilha, presa pela PM de Goiás
Criminosa foi encontrada sete horas depois de levar Valentina
Valentina e a mãe
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Arlete com as filhas

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Arlete com Valentina

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A sequestradora Cevilha, presa pela PM de Goiás

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Criminosa foi encontrada sete horas depois de levar Valentina

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Valentina e a mãe

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Daniel Ferreira/Metrópoles
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Com a mulher, a polícia encontrou uma certidão de nascimento falsa

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Certidão verdadeira

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Policiais de Goiás encontraram Valentina

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Policiais de Goiás com Valentina e a mãe, Arlerte

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Policiais ao lado da menina

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Madalena dos Santos Silva, cunhada de Arlete

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Cevilha e Arlete, a mãe da bebê, chegam para fazer o exame admissional no Conic

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Imagens do sistema de segurança do prédio flagraram a sequestradora com a mãe da menina no Conic

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Cevilha foi flagrada pelas câmeras de segurança do Conic

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Cevilha sai com a criança

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Local onde a bebê foi sequestrada

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Local de onde a mulher fugiu com a criança, no Conic

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Delegacia de Repressão a Sequestro (DRS) também atuou na ocorrência

Michael Melo/Metrópoles

 

Tanto Arlete quanto o marido, Valdir Rodrigues dos Santos, 32, estão desempregados. Eles são de Monte Alegre, na Bahia, e moram em Brasília há seis anos. “Não está sendo fácil. Temos que alimentar quatro filhos e, neste momento, não temos renda nenhuma.  Apesar de toda a dificuldade, o mais importante é nós termos amor e união”, diz Arlete.

A família vive de bicos que o marido faz desde o início do ano. Eles moram em uma casa erguida no terreno do irmão de Arlete. Por sorte, não pagam aluguel. O imóvel é dividido em apenas dois quartos, cozinha e banheiro. Nos cômodos, uma cama de casal, uma de solteiro e o berço de Valentina. Na geladeira, faltam mantimentos.

“Estamos precisando de ajuda. O que mais queremos, neste momento, é emprego. O meu marido faz serviços gerais e eu sempre trabalhei como faxineira,  mas qualquer oportunidade será bem-vinda”, disse Arlete.

Cevilha se aproveitou da carência da família para abordar Arlete. Nesta quinta, foi com a faxineira desempregada em uma clínica do Conic para que ela fizesse um “exame admissional”. A promessa era de um emprego com salário de R$ 1 mil. Tudo mentira.

Ao deixar a filha por uns segundos com a mulher para fazer o exame, Cevilha fugiu com a menina. Foi identificada por imagens das câmeras de segurança do prédio onde ela e Arlete foram na manhã desta quinta. “Ela não vale nada. Tirou uma filha de uma mãe”, destaca Arlete.

A sequestradora foi achada em Planaltina de Goiás, sete horas depois de ter levado Valentina. Acabou presa pela PM de Goiás dentro de um táxi, a caminho de Planaltina do DF. Tinha uma certidão falsa em mãos, registrada em um cartório do Gama, o que levanta a suspeita da polícia de que ela pode fazer parte de uma quadrilha de tráfico de crianças.

Ajude
Quem quiser oferecer uma oportunidade de emprego e ajudar a família com mantimentos, fraldas e roupinhas, pode entrar em contato com a Arlete pelo telefone  (61) 98567-0120

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