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“Quero carro de motor potente”, diz ladrão de veículos alvo de operação da PCDF

“E aí meu mano? Quais carros você prefere? Vou falar pros bichos lá buscarem um. Qual que é melhor aí?”, diz um dos criminosos do bando

atualizado

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PCDF/Divulgação
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1 de 1 pcdf - Foto: PCDF/Divulgação

Carros com motores potentes, de fácil manutenção e alta liquidez de mercado eram os alvos preferidos de uma organização criminosa especializada no roubo de veículos. O bando é alvo de operação da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) deflagrada nesta quinta-feira (12/8). Em troca de mensagens de áudios, os ladrões e seus “clientes” trocavam informações sobre os carros que seriam roubados.

Equipes da Coordenação de Repressão a Crimes Patrimoniais (Corpatri), cumprem 14 mandados de prisão preventiva e 10 de busca e apreensão, nas regiões administrativas do Recanto das Emas, Riacho Fundo e Santa Maria.

As investigações conduzidas pela Divisão de Repressão a Roubos e Furtos de Veículos (DRFV) apontam que os ladrões roubaram pelo menos 15 carros nos últimos seis meses.

Às 7h10, os policiais já haviam cumprido 11 mandados de prisão. Três veículos foram apreendidos, além de outros quatro recuperados ao longo das investigações. Um aparelho bloqueador de sinal também foi localizado durante as buscas.

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Operação foi deflagrada nesta quinta-feira (12/8)
Carro apreendido durante operação
Aparelho bloqueador de sinal
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Moto apreendida pela PCDF

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Operação foi deflagrada nesta quinta-feira (12/8)

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Carro apreendido durante operação

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Aparelho bloqueador de sinal

Baseada no Recanto das Emas, a organização criminosa aprimorou técnicas para roubar e adulterar sinais identificadores de veículos.

Em uma das conversas o ladrão pergunta: “e aí meu mano? quais carros você prefere? Vou falar pros bichos lá buscarem um. Qual que é melhor aí? Fala as opções aí. A resposta do comparsa é imediata: ” meu velho, Pólo 200 cavalos, Virtus. Carro com motor potente”, afirmou.

Criminosos trocam áudios sobre carros a serem roubados: 

 

Grupo estruturado

As investigações mostraram que o grupo criminoso investigado era estruturado em três núcleos. O primeiro deles, formado pelos líderes, tinha a função de planejar e organizar as empreitadas criminosas, escolhendo os veículos, os participantes do crime e definindo a destinação dos carros roubados.

O segundo núcleo, composto pelos executores, teria a missão dentro do arranjo criminoso de efetivamente praticarem os roubos. O terceiro e último núcleo seria engendrado pelos adulteradores dos sinais identificadores dos veículos, os quais, dentro do esquema, eram responsáveis por viabilizar a circulação e comercialização dos veículos obtidos de maneira ilícita.

Segundo  a DRFV, a atuação da organização criminosa era marcada pela ousadia de seus integrantes, que, buscando garantir o proveito do crime, instalavam rastreadores nos veículos roubados, de forma que, caso algum deles fosse recuperado pelo proprietário, novamente eram objeto de subtração.

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Carros furtados ficavam até três dias aguardando o momento de serem levados pelos ladrões
A organização criminosa era especializada na adulteração de sinais identificadores
O bando cometia os roubos armados com revólveres
Os bandidos mantinham fotos as armas nos celulares
As armas eram usadas nos roubos
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Carros ficavam "esfriando" após serem roubados

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Carros furtados ficavam até três dias aguardando o momento de serem levados pelos ladrões

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A organização criminosa era especializada na adulteração de sinais identificadores

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O bando cometia os roubos armados com revólveres

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Os bandidos mantinham fotos as armas nos celulares

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As armas eram usadas nos roubos

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Rastreadores

Em um dos casos, um Toyota Corolla teve rastreador instalado pelos ladrões e, após a Polícia Militar recuperar o carro, os criminosos tentaram, novamente, furtar o carro. “Eles subtraíram o veículo e fizeram uma chave reserva. PM localizou o carro em via pública.

Depois, os ladrões tentaram furtar o carro novamente pois estava com rastreador, mas a vítima já havia trocado o miolo da fechadura”, explicou o diretor da Corpatri, delegado André Leite.

O delegado explicou que a maior parte dos integrantes da organização criminosa é detentora de extensa ficha criminal, o que revela personalidade por parte de seus membros direcionada ao crime. “Os suspeitos responderão, na medida de suas respectivas condutas, pelos crimes de organização criminosa, com penas de 3 a 8 anos de reclusão, assim como pelos crimes de roubo, com penas de 4 a 10 anos de reclusão, com aumento de pena pelo emprego de arma de fogo e concurso de agentes”, explicou o diretor da Corpatri.

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