“Queriam matar”, diz delegado sobre motorista de app assassinado
Polícia trabalha com a possibilidade de latrocínio e homicídio. Carro que estava ao lado de corpo era do jovem de 29 anos
atualizado
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O motorista de aplicativo e estudante de gastronomia Maurício Cuquejo foi encontrado com diversas perfurações pelo corpo na manhã desta quinta-feira (23/01/2020). Para o delegado responsável pelo caso, isso demonstra que os assassinos realmente tinham esse objetivo.
“Pela brutalidade, os criminosos tinham a intenção de matá-lo. Queriam matá-lo”, analisou Laércio Rossetto (foto em destaque). A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) trabalha com duas possibilidades: latrocínio ou homicídio.
Maurício tinha 29 anos e morava em Santa Maria. O corpo dele foi encontrado em uma poça de água, próximo ao Condomínio Núcleo Rural Boa Esperança ll, na região da Granja do Torto. A Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) esteve no local, por volta das 7h, e achou também um carro Renault Logan de cor branca.
De acordo com Rossetto, o carro era de Maurício e, provavelmente, o corpo foi tirado do porta-malas do veículo. Havia também duas facas onde o homem se encontrava — uma com lâmina e outra sem.
Confira fotos do local:
O delegado ainda apelou para que as empresas de transporte por aplicativo sejam mais rápidas no processo de cooperação com a investigação.
É o segundo caso de morte de um motorista de aplicativo em 2020 no Distrito Federal. No dia 18 de janeiro, Aldenys da Silva, também de 29 anos, foi encontrado às margens da BR-070, na entrada de Brazlândia. Ele estava desaparecido desde 3 de janeiro.
Testemunha
Segundo relatos de um morador que encontrou o corpo, o homem foi morto a facadas. “Íamos para o hospital e vimos um carro todo aberto, com marcas de sangue no porta-malas. Paramos e minha esposa viu o corpo”, lembra Francisco Nunes, 56 anos.
“Imediatamente, eu puxei a placa para ver se era roubado, mas não. Chamamos a polícia. Isso tudo aconteceu por volta das 7h. Essa região não é perigosa: em cinco anos que moro aqui, só teve um estupro e só. Faço esse trajeto todo dia e não acho a região perigosa”, apontou Francisco.
A informação de que se tratava de um motorista de aplicativo foi dada por um funcionário da seguradora do carro. De acordo com ele, a última viagem feita pela vítima ocorreu à 1h da madrugada desta quinta-feira.