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“Queremos saber o que houve”, diz tio de bebê morta em creche

Velório de Amariah Noleto, 6 meses, está previsto para a manhã deste sábado (23/10). Laudo da causa da morte deve ser divulgado nesta tarde

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1 de 1 bebê sorrindo - Foto: Material cedido ao Metrópoles

A família da bebê Amariah Noleto, 6 meses, encontrada morta na última quarta-feira (20/10) enquanto estava sob os cuidados de funcionários da Creche da Tia Cleidinha, em Planaltina, busca respostas para a tragédia. “O que, realmente, os pais e nós queremos é saber o que houve com ela. Foi o que eles (os pais) mais pediram para o delegado ontem (quinta-feira) à noite, em depoimento”, disse Jonas Noleto, tio da criança, ao Metrópoles. Uma das donas da creche foi presa e vai responder por homicídio doloso.

A previsão é de que o laudo do Instituto Médico Legal (IML) que vai determinar a causa da morte seja divulgado por volta das 16h desta sexta-feira (22/10). Só então o corpo será liberado para os familiares. O velório deve ocorrer no sábado (23/10), no Cemitério de Planaltina.

 

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A creche fica na Vila Buritis, em Planaltina
A bebê de 6 meses morreu em 20/10/2021
Creche da Tia Cleidinha, em Planaltina, foi fechada
Bebê não resistiu
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Durante as diligências feitas no local, um investigador classificou a creche como "depósito de crianças"

Hugo Barreto/Metrópoles
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A creche fica na Vila Buritis, em Planaltina

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A bebê de 6 meses morreu em 20/10/2021

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Creche da Tia Cleidinha, em Planaltina, foi fechada

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Bebê não resistiu

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Ainda segundo o tio, os pais passaram por apoio psicológico no Hospital de Planaltina, para onde a criança foi levada. “Nosso pastor também está com eles 24h, auxiliando no que é possível”, contou.

Clandestina

Segundo testemunhas, a Creche da Tia Cleidinha, localizada na Vila Buritis, abrigava cerca de 40 crianças, mas tinha apenas um berço para todas elas. O leito dos pequenos era dividido por lençóis, para que mais de uma criança conseguisse dormir ao mesmo tempo.

Os bebês eram colocados em sacos de dormir sem aberturas, que impediam a movimentação dos braços e o quarto era trancado. “Uma sala de 13 metros com mais de 30 crianças, vários dormindo no chão, em bebê-conforto, tudo muito insalubre”, descreveu um dos investigadores do caso ao Metrópoles. O estabelecimento cobrava dos pais R$ 300 por mês para que os pequenos ficassem lá em tempo integral.

Ainda segundo as testemunhas, Amariah foi encontrada de bruços dentro do berço. “Tudo indica que a criança virou de bruços e o pano caiu sobre o rosto dela. Ela ficou no saco sem poder se mexer, passou mal e não recebeu nenhum atendimento”, destacou o investigador. Os pais só descobriram que a filha estava morta quando chegaram para buscá-la.

Ainda de acordo com os agentes, os médicos que atenderam o bebê no Hospital Regional de Planaltina (HRP) contaram que a criança chegou ao local com palidez acentuada. Como o hospital da região não fica distante de onde funciona a creche, os investigadores acreditam que as cuidadoras demoraram a ver que Amariah passava mal.

A 31ª Delegacia de Polícia (Planaltina), que investiga o caso, prendeu Marina Pereira da Costa. A acusada vai passar por audiência de custódia nesta sexta-feira (22/10).

O Governo do Distrito Federal (GDF) informou que a instituição não é cadastrada junto à Secretaria de Educação.

Reação das funcionárias

Horas após a morte da bebê, funcionárias trocaram mensagens em tom de preocupação. Marina chegou a escrever para uma funcionária da creche que ela e Cleide, outra dona da creche, estariam “fudidas”.

As conversas por meio do WhatsApp estão em poder da polícia. O diálogo começa com Marina — que é sobrinha da dona de Cleide — dispensando a funcionária de trabalhar no dia seguinte, porque o local ficaria de luto após o óbito de Amariah.

Veja os diálogos:

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