“Quem quer tiro?”: MPDFT cobra investigação de abordagem policial na Rodoviária
Promotoria de Justiça Militar pediu à Corregedoria-Geral da Polícia Militar do DF investigação sobre episódio na Rodoviária do Plano Piloto
atualizado
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O Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) cobrou investigação sobre a abordagem da Polícia Militar (PMDF) contra ambulantes na Rodoviária do Plano Piloto, no centro de Brasília. Em tese, a ação visava inibir o comércio em local irregular.
Veja imagens:
A Promotoria de Justiça Militar pediu à Corregedoria-Geral da PMDF investigação do episódio. O vídeo da ação, que mostra uma abordagem truculenta dos policiais, repercutiu nas mídias sociais nessa terça-feira (24/5).
Para a promotoria, eventuais excessos na atuação policial devem ser “sempre apurados”. Caso as condutas irregulares fiquem comprovadas, os responsáveis deverão ser punidos, segundo o MPDFT.
No vídeo, um policial empurra uma mulher no chão e aponta a arma para ela. Outro agente, com uma escopeta, grita para que os vendedores saiam do local.
O policial pergunta “Quem quer tiro?”. Em seguida, aponta a arma para uma mulher que o questiona e ordena que a pessoa que filma a ação se afaste. Enquanto isso, um segundo PM sacode o que parece ser um frasco de spray de pimenta.
Reações
A cena foi filmada pelo ativista social Thiago Ávila, que disse ter recebido ameaças de prisão. “Ajudem a divulgar esse show de horrores”, afirmou, no momento em que gravava. A deputada federal Erika Kokay (PT-DF) também divulgou as imagens e condenou a ação dos PMs, pelas mídias sociais.
A Comissão de Direitos Humanos da Câmara Legislativa (CLDF) acionou o MPDFT, além das secretarias de Segurança Pública (SSP-DF) e de Proteção da Ordem Urbanística (DF Legal), para cobrar investigação sobre o ocorrido e a adoção das “providências cabíveis”, inclusive “medidas preventivas”, se necessário.
Em nota, a Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) informou que os registros serão analisados e eventuais excessos serão apurados. “Ressaltamos que a corporação não coaduna com desvios de conduta”, destacou.