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“Quem manda aqui sou eu”, disse tenente antes de atirar contra PMs

Os PMs que participaram da ocorrência relataram que o aposentado estava “bastante alterado”

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1 de 1 PMs-e-bombeiros-no-bloco-D-da-111-norte - Foto: Imagem cedida ao Metrópoles

O policial militar da reserva Izauro Bezerra de Oliveira, 69 anos, que morreu após atirar contra militares do Batalhão de Operações Especiais (Bope) na madrugada desta quinta-feira (14/05), recebeu a equipe com truculência. “Aqui quem manda sou eu, saiam do meu apartamento senão eu vou resolver desse jeito aqui”, disse.

Os PMs que participaram da ocorrência relataram que o aposentado estava “bastante alterado” e “não apresentava desejo algum em buscar uma solução pacífica para a situação”. Em depoimento na 2ª Delegacia de Polícia (Asa Norte), eles detalharam que foram acionados para atender uma ocorrência de Maria da Penha na Quadra 111 Norte, na noite de quarta-feira (13/05).

Ao chegarem ao local, foram até o apartamento da vítima. A mulher, de 67 anos, atendeu a guarnição na porta. Nesse momento, de acordo com os relatos, Izauro Oliveira saiu do quarto com uma arma em punho, com o intuito de intimidar a equipe.

Os PMs foram ameaçados com a arma, saíram do local e seguiram para o hall de entrada. Alguns minutos depois, a vítima de agressão apareceu na porta e os policiais aproveitaram para tirá-la do apartamento. Os policiais tentaram negociar com o morador.

No entanto, segundo os depoimentos, o PM aposentado ainda se mostrava bastante alterado. Diante da gravidade do caso os policiais pediram apoio das equipes do Bope. O batalhão especial da PM chegou rapidamente ao local e assumiu a ocorrência com um negociador e policiais de apoio.

À PCDF, os agentes do Bope ressaltaram que tentaram estabelecer uma negociação amigável com o agressor. Entretanto, ele se “mostrava muito nervoso e não apresentava desejo algum em buscar uma situação pacífica para a situação”. Em determinado momento, Izauro efetuou dois disparos contra os policiais. Em resposta, os PMs dispararam contra o homem, que não resistiu e morreu no local.

Oito horas 
A ocorrência durou oito horas. O Metrópoles acompanhou o desfecho do caso no local. Segundo o major da Polícia Militar do DF Lúcio Flávio, a corporação agiu em “legítima defesa”.

O homem morava no imóvel com a mulher. Segundo vizinhos, ela é a síndica do prédio. Ao menos quatro tiros teriam sido disparados dentro do apartamento, que fica no primeiro andar. Na manhã desta quinta, a mulher prestou depoimento na 2ª Delegacia de Polícia (Asa Norte).

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O caso assustou moradores da quadra
Viaturas foram mobilizadas
A confusão movimentou a quadra na madrugada dessa quinta-feira (14/05)
PMs e bombeiros no Bloco D da 111 Norte
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A movimentação foi intensa ao longo da madrugada

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O caso assustou moradores da quadra

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Viaturas foram mobilizadas

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A confusão movimentou a quadra na madrugada dessa quinta-feira (14/05)

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PMs e bombeiros no Bloco D da 111 Norte

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Segundo o delegado-chefe da 2ª DP, Laércio Rossetto, o homem foi morto por militares do Bope, que reagiram aos disparos efetuados pelo militar da reserva.

“Havia o negociador no apartamento no momento dos disparos. Ele disse que não ia se entregar e disparou contra os militares do Bope e eles tiveram que reagir, o atingindo”, explicou o policial civil.

De acordo com o delegado, o militar portava duas armas, sendo um revólver e uma pistola. “O objetivo era resolver na negociação, mas em razão dessa conduta agressiva do autor, que disparou contra a equipe de negociadores, foi preciso revidar”, reforçou o major Lúcio Flávio.

No momento da confusão, moradores do prédio desceram, por orientação da PM, mas pouco depois retornaram às residências.

O Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal (CBMDF) prestou apoio à operação.

 

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