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“Quem fez essa maldade com ela a conhecia”, diz padrasto de Ana Íris

Menina de 12 anos estava desaparecida há 16 dias. Corpo foi encontrado nesta terça-feira (26/9), por crianças, em um matagal

atualizado

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1 de 1 ana iris - Foto: Daniel Ferreira/Metrópoles

Um clima de comoção tomou conta do acesso ao Morro do Sabão, em Samambaia, local onde foi encontrado o corpo de Ana Íris Mendes dos Santos, 12 anos, desaparecida há 16 dias. Embora a Polícia Civil ainda não confirme oficialmente tratar-se da menina, a família reconheceu o cadáver e não tem dúvidas. Os parentes foram ao local e estão desesperados. Gritam e choram. Para eles, a garota foi morta por uma pessoa próxima. “Pelo jeito que ela sumiu, quem fez essa maldade a conhecia, sabia o que ela fazia”, disse Paulo Pereira, padrasto da criança.

“No domingo (dia do desaparecimento), ela estava na esquina. Eu comprei uns lanches para ela e para os irmãos e depois fui para a casa da avó buscar a mãe dela e ir ao mercado”, contou. “Espero que achem logo quem fez isso”, desabafou.

A menina estava desaparecida desde domingo (10/9). Foi vista pela última vez perto de casa, na QR 829. O local em que o corpo foi encontrado também é próximo. O caso está sendo investigado pela Delegacia de Repressão a Sequestros (DRS). Equipes da perícia estiveram na área por mais de cinco horas recolhendo evidências.

“Depois que as crianças avistaram o corpo, fomos conferir e é realmente a Ana Íris”, confirmou Cleunice Santos, 25 anos, tia da vítima. De acordo com ela, a sobrinha foi encontrada vestida, mas estava sem calcinhas. “Estávamos esperançosos de que ela apareceria com vida. A família toda está abalada. A mãe dela está sedada, ficou em estado de choque ao receber a notícia”, completou.

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O corpo foi encontrado em estado avançado de decomposição
Menina desapareceu em 10 de setembro, ao sair de casa
A família busca dar apoio a Gracinha
O desejo de todos é que seja feita justiça
Ana Íris tinha 12 anos
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Família não se conforma com a morte da menina

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O corpo foi encontrado em estado avançado de decomposição

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Menina desapareceu em 10 de setembro, ao sair de casa

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A família busca dar apoio a Gracinha

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O desejo de todos é que seja feita justiça

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Ana Íris tinha 12 anos

Arquivo pessoal

Os familiares e amigos contaram que Ana Íris era uma menina calma, ia para a escola á tarde, e ficava na Casa Azul (instituição onde ficam crianças enquanto os pais trabalham) pela manhã. “Era meiga, doce, não namorava. Gostava de jogar bola, brincar de bicicleta na pracinha”, disse a tia.

Ela morava com quatro irmãos mais novos, mãe e padrasto. “Há uma semana, o Corpo de Bombeiros e a Polícia Militar vieram aqui com cães e vasculharam bem próximo onde o corpo foi encontrado, mas não acharam nada”, contou Cleonice.

Primo levou facada
Em meio à comoção, três pessoas foram detidas e levadas à delegacia após agredirem um rapaz de 16 anos, primo de Ana, na tarde de hoje. À polícia, o trio alegou que viu o jovem saindo do matagal onde o corpo da criança foi encontrado. Por isso, desconfiaram que ele pudesse estar envolvido na morte da menina. Além de apanhar, o adolescente levou uma facada e precisou ser hospitalizado.

Um agente ligado à investigação contou ao Metrópoles que o primo de Ana é ajudante de pedreiro e, no dia do desaparecimento, trabalhava em uma obra. As informações foram apuradas pela polícia, que não considera o adolescente suspeito.

Decomposição
O corpo foi descoberto por crianças que caçavam passarinhos. De acordo com os familiares, ele estava com as mesmas roupas que Ana Íris usava no dia em que desapareceu.

Segundo um dos parentes, o cadáver já está em avançado estado de decomposição. “É uma pena. Reconheceram a mesma blusa azul e a bermuda cinza que ela usava. A família está inconsolável”, disse Fábio Wanbaster, sobrinho do padrasto da menina.

Moradores da região denunciam que o local é “esquecido” pela polícia. “A gente não tem segurança aqui. A polícia não vem, somos esquecidos, isolados”, afirmou a dona de casa Lindalva de Sousa, 59 anos. “Os bandidos são os reis dessa área”, completou.

 

 

De acordo com a família, ela saiu de casa por volta das 10h apenas com a roupa do corpo, levou os quatro irmãos para tomar café da manhã na residência da avó, na mesma rua em que mora, e disse que voltaria para casa. Os parentes contam que Ana nunca fugiu de casa e não ficava sem dar notícias.

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