Quem estacionar e usar transporte público será isento de taxa da Zona Verde
Isenção vale para vagas na região Ipê Branco, próximo de metrô, BRT e similares. Semob detalhou a implementação em audiência nesta sexta
atualizado
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Em audiência pública realizada pela Secretaria de Transporte e Mobilidade na manhã desta sexta-feira (31/7), a pasta detalhou a implementação da chamada Zona Verde, medida que institui a cobrança em vagas públicas no Distrito Federal.
Foram destacadas situações como isenção de taxa, por exemplo, no caso de quem usa transporte público e estaciona na região Ipê Branco (leia mais sobre o funcionamento abaixo) e a situação dos flanelinhas.
A Zona Verde tem como objetivo, segundo a Semob, a concessão para implantação, exploração, operação, manutenção e gerenciamento do sistema de estacionamento rotativo pago de veículos em logradouros públicos e áreas pertencentes ao DF. A medida ainda visa incentivar o uso de transportes coletivos na capital.
A consulta pública, inicialmente, aconteceria entre os dias 1º e 31 de julho. Agora, conforme publicado no Diário Oficial do DF (DODF) nesta sexta-feira, ela foi prorrogada até o dia 14 de agosto, às 12h. O cidadão pode contribuir para o debate por meio de WhatsApp, no número (61) 99233-2726, ou pelo e-mail consultazonaverde@gmail.com.
Caso saia do papel, o projeto vai ter impacto direto na vida de flanelinhas e guardadores de carros. Nesse sentido, o Antônio Espósito afirmou que o projeto deverá incluir um “Espaço Lavador”, um local para a limpeza dos veículos.
A ideia, segundo ele, é que “esse espaço seja construído pela concessionária para ser explorado por guardadores e lavadores de carros. Além de oferecer um serviço ao motorista, buscamos oferecer oportunidade a esses trabalhadores”, disse.
Como vai funcionar a Zona Verde
A área do Ipê Branco vai cobrir os estacionamentos perto do Metrô, BRT e similares. Serão 16 bolsões nessa zona. A cobrança será feita de segunda a sexta-feira, das 5h às 23h.
No caso específico do Ipê Branco, haverá isenção de cobrança para as pessoas que usarem o transporte público no mesmo dia. “Vai ser vinculado o cartão mobilidade do cidadão com a placa do veículo dele. Só vai ser cobrado de quem estacionar e não usar o transporte público”, explicou assessor especial de parcerias da Semob, Antônio Espósito.
- Preço: R$ 2,00 por hora para carro. Motociclistas ficarão isentos da taxação.
- Tempo de permanência máxima: sem limite.
A região de Ipê Amarelo cobre as áreas onde há, majoritariamente, comércios, residências e imóveis de uso misto, abrangendo as quadras da Asa Sul e Asa Norte (exceto zona central), Sudoeste, SIG e SIA. Motoristas terão que pagar para estacionar nas vagas do Ipê Amarelo das 9h às 19h de segunda a sexta. Aos sábados, a cobrança será de 8h às 13h.
- Preço: R$ 2,00 por hora para carro e R$ 1,00 para moto.
- Tempo de permanência máxima: duas horas.
O Ipê Rosa engloba áreas do Eixo Monumental. Será necessário pagar para estacionar em vagas desta zona das 7h às 19h, de segunda a sexta-feira.
- Preço: R$ 2,00 por hora para carro e R$ 1,00 para moto.
- Tempo de permanência máxima: 12 horas.
A zona de Ipê Roxo, por sua vez, envolve a área central de Brasília. Este ficará localizado nos setores: Bancários, Comerciais, Hoteleiro, de Rádio e Televisão, de Autarquias e Médico Hospitalar do Plano Piloto. O horário de cobrança durante a semana será de 8h às 18h. Aos sábados, o estacionamento será pago das 8h às 13h.
- Preço: R$ 5,00 por hora para carro e R$ 2,50 moto
- Tempo de permanência máxima: cinco horas.
Formas de pagamento
O cidadão poderá baixar um aplicativo no celular para realizar o pagamento. Outras opções são pagar em dinheiro ou por meio de cartão de crédito ou débito em pontos de atendimento nos estacionamentos.
De acordo com a Semob, após o tempo máximo de permanência, o veículo deverá ser retirado do local. “Propõe-se que, antes da aplicação da multa, o cidadão tenha um prazo de 24 horas para regularizar a situação junto à concessionária”, informou, em nota.
“A Semob esclarece que os limites temporais foram apresentados hoje (sexta) em audiência pública, mas são passíveis de novas considerações, levando-se em conta as contribuições feitas em consulta pública”, completou a pasta.
Sobre a fiscalização dessas zonas, o assessor da Semob ressaltou que a concessionária não substitui atribuições de órgãos públicos. A empresa enviará informações aos órgãos, como Detran-DF e Polícia Militar, e estes farão a fiscalização nos locais.
A proposta prevê investimento por parte da concessionária de R$ 300 milhões, em um período de três anos. O dinheiro será usado principalmente na construção dos bolsões, na pintura de faixas e construção de calçadas, por exemplo. A partir do quarto ano, o valor anual estimado sobe para R$ 250 milhões.
Segundo estimativas da Semob, a Zona Verde deve cobrar por cerca de 100 mil vagas no centro do DF. Do total, 73 mil serão em áreas residenciais. A proposta é conceder o espaço via licitação para uma empresa privada por 30 anos.