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Quem é o PM que chorou e explicou mensagem que ligava Moraes a facção

Em depoimento ao STF, ex-comandante da PMDF réu pelo 8/1 negou ataque contra instituições e explicou mensagem fake atribuída a Ciro Gomes

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Comandante Klepter Rosa - PF prende comandante da PMDF e oficiais denunciados por atos extremistas de 8/01 - Metrópoles
1 de 1 Comandante Klepter Rosa - PF prende comandante da PMDF e oficiais denunciados por atos extremistas de 8/01 - Metrópoles - Foto: Vinícius Schmidt/Metrópoles

Klepter Rosa Gonçalves, ex-comandante da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF), prestou explicações à Justiça durante um depoimento de mais de três horas, na audiência de instrução dos réus pelos atos antidemocráticos de 8 de janeiro de 2023. A sessão ocorreu nessa segunda-feira (20/5), no Supremo Tribunal Federal (STF).

Preso em agosto de 2023, acusado de se omitir diante dos ataques golpistas, o coronel chorou enquanto era ouvido na Corte. À época da investida contra os Três Poderes, Klepter exercia o cargo de subcomandante-geral da PMDF. Ele chegou a assumir o posto máximo da corporação em 15 de fevereiro de 2023, mas acabou preso em 18 de agosto, após ser denunciado pela Procuradoria-Geral da República (PGR) por omissão.

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Klepter Rosa também foi ex-comandante-geral da PMDF
Militar prestou depoimento ao Supremo Tribunal Federal (STF)
Klepter chorou durante audiência no STF, nessa segunda-feira (20/5)
Policial militar foi preso em agosto de 2023 por omissão durante atos antidemocráticos
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Coronel Klepter Rosa Gonçalves, subcomandante da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) em 8 de janeiro de 2023

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Klepter Rosa também foi ex-comandante-geral da PMDF

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Klepter chorou durante audiência no STF, nessa segunda-feira (20/5)

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Policial militar foi preso em agosto de 2023 por omissão durante atos antidemocráticos

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Gravação falsa

A acusação expôs, entre diversos elementos, um vídeo enviado por Klepter com áudios falsamente atribuídos a Ciro Gomes (PDT), nos quais o político teria chamado o ministro do STF Alexandre de Moraes de “advogado de facção”, “vagabundo”, “ladrão” e “safado”.

O conteúdo era manipulado e, na gravação falsa, enviada em formato de vídeo, uma voz dizia que o processo eleitoral de 2022 estaria “armado” e que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) teria “preparado” um golpe de Estado, aos moldes do ocorrido em 1964, com anuência do Exército Brasileiro. A mensagem foi repassada por Klepter em 28 de outubro de 2022, dois dias antes do segundo turno da eleição presidencial, às 15h10.

“Na hora [em] que [a mídia] der o resultado das eleições [informando] que o Lula ganhou, vai ser colocado em prática o artigo 142 [da Constituição Federal], viu? Vai ser restabelecida a ordem. Se ‘afasta’ Xandão [Alexandre de Moraes], se ‘afasta’ esses ‘vagabundo tudinho’ e ladrão, safado, dessa quadrilha, aí, vocês vão ver o que é pôr ordem no país. Não admito que o Brasil ‘vai’ deixar um vagabundo, marginal, criminoso e bandido como o Lula voltar ao poder”, afirmava a gravação enganosa.

Durante a sessão, Klepter se defendeu das acusações: “Não fiz qualquer menção de que esse áudio era verdadeiro. Fiz um simples encaminhamento [da mensagem]. Haveria preocupação de que algo poderia acontecer, e foi nessa circunstância que se deu o encaminhamento da mensagem [com a gravação]”.

Ao Metrópoles a defesa do coronel ressaltou que, “em mensagem alguma, ele fez qualquer juízo de valor, comentário e, muito menos, reenviou [a mensagem] para quem quer que fosse, senão para as autoridades que tinham a necessidade de conhecer [o conteúdo da gravação]”.

Saiba quem são os acusados por omissão no 8/1:

Carreira

Antes de assumir cargos no comando da PMDF, Klepter atuou como professor da Academia de Polícia Militar de Brasília e ministrou aulas sobre análise criminal, gestão operacional, inteligência em investigações e planejamento estratégico.

Klepter é bacharel em direito pela Universidade Cruzeiro do Sul e tem MBA em Gestão Estratégica de Tecnologia da Informação pela Fundação Getulio Vargas (FGV).

O PM foi liberado da prisão em março último, por determinação de Alexandre de Moraes, assim como os coronéis Fábio Augusto Vieira e Marcelo Casimiro Vasconcelos Rodrigues.

O oficial foi chamado para depor no STF nessa segunda-feira (20/5), no segundo dia de audiências com PMs acusados de participar dos ataques contra o Estado Democrático de Direito.

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