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Quem é o homem que matou os pais e feriu a irmã em Águas Claras

Marcelo Ribeiro, 38 anos, não tinha amigos no prédio e não socializava com vizinhos. Ele evitava contato, inclusive, nas áreas comuns

atualizado

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Hugo Barreto/Metrópoles
Duplo homicídio em Águas Claras
1 de 1 Duplo homicídio em Águas Claras - Foto: Hugo Barreto/Metrópoles

Após matar os próprios pais e esfaquear a irmã, Marcelo Ribeiro Gonçalves Ferreira, 38 anos, estava imóvel quando os primeiros policiais militares chegaram ao local da tragédia. Em uma espécie de transe e prostrado em um sofá com mãos e pés ensanguentados, não esboçou qualquer reação ao ser colocado em uma maca e levado para o Hospital Regional de Taguatinga (HRT).

Banhado em sangue, o apartamento, em um prédio de Águas Claras, foi palco da morte de Leila Ribeiro Gonçalves Ferreira, 71, e de Rubem Luiz Correa Ferreira, 73. O duplo homicídio aconteceu por volta das 10h30 de quarta-feira (24/2), no Edifício Atrium, na Rua 19 Sul.

Sem qualquer dúvida sobre a autoria do crime, a polícia indiciou o homem por duplo homicídio, mas investigadores da 21ª DP (Taguatinga Sul) ainda procuram respostas para a motivação da barbárie. As buscas se concentram em prontuários e históricos médico e psiquiátrico que confirmem o quadro de doença esquizofrênica do suspeito. Os agentes também analisam imagens registradas por câmeras do circuito interno de segurança do edifício.

Nesta quinta-feira (25/2), Marcelo deve passar por audiência de custódia na Justiça. O Metrópoles apurou que o homem morou boa parte de sua vida com os pais, em Goiânia (GO), e teria se mudado há pouco tempo para o Distrito Federal a fim de tocar a vida de forma mais independente. Com capital social de R$ 1 mil, Marcelo tinha uma microempresa. Ele atuava no ramo varejista de suvenires, bijuterias e artesanato. O empreendimento permanece ativo no site da Receita Federal.

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Edifício Atrium, em Águas, onde homem esfaqueou os pais até a morte e tentou matar a irmã
Veículo da perícia no prédio de Águas Claras onde filho matou os pais
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O crime aconteceu na manhã de quarta-feira (24/2) em Águas Claras

Hugo Barreto/Metrópoles
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Edifício Atrium, em Águas, onde homem esfaqueou os pais até a morte e tentou matar a irmã

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Veículo da perícia no prédio de Águas Claras onde filho matou os pais

Mirelle Pinheiro
Solitário

A informação apurada pela polícia era a de que Marcelo não tinha amigos no prédio e não socializava com vizinhos. De acordo com alguns moradores, ele evitava contato, inclusive nas áreas comuns. Um dia antes do crime, o assassino havia passado mal em um supermercado e chegou a receber massagem cardíaca de uma enfermeira após sentir dificuldade para respirar.

Os pais, que ainda moravam em Goiânia, haviam pedido aos porteiros para que fossem avisados sobre qualquer situação atípica. O casal, que viajou até Águas Claras a fim de visitar Marcelo, tinha a intenção de comprar um imóvel para o filho. Agora, peritos do Instituto de Criminalísticas (IC) traçam a dinâmica de como ocorreu o crime.

Marcelo permanece internado no HRT sob escolta policial. Existe a possibilidade de ele ser transferido para a carceragem do Departamento de Polícia Especializada (DPE), ao lado do Parque da Cidade.

“Fiquei em choque”

Funcionários do prédio foram os primeiros a chegarem ao local da tragédia. “Eu entrei, vi aquela cena. Fiquei em estado de choque. Ele não falou nada, também não consegui perguntar. Saí e chamei a polícia”, contou um deles ao Metrópoles.

O empregado do prédio disse que os pais de Marcelo chegaram ao apartamento na quarta (24/2), após o filho passar mal em um supermercado. No meio da manhã, a irmã do acusado desceu correndo, com um corte abaixo da axila, pedindo ajuda. “Ela dizia que ele (o irmão) mataria o pai e a mãe. Pediu socorro”, relatou o funcionário.

Segundo a testemunha, a irmã foi a primeira a ser atingida pelas facadas. Assim que recebeu o golpe, ela saiu correndo para pedir ajuda. Quando os empregados do edifício subiram para a quitinete de Marcelo, eles o encontraram deitado no sofá, paralisado. A faca usada no crime ficou cravada no pescoço do pai.

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