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“Que sejam punidos exemplarmente”, diz PSB sobre operação contra distritais

As ações, reveladas pelo Metrópoles, são denominadas de Alpha 19 e Cidade Livre. José Gomes e Roosevelt Vilela estão entre os investigados

atualizado

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Operação da PCDF na CLDF
1 de 1 Operação da PCDF na CLDF - Foto: Myke Sena/Especial Metrópoles

O presidente do PSB-DF, Rodrigo Dias, manifestou-se sobre as operações deflagradas pela Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) e o Ministério Público do DF e Territórios (MPDFT), reveladas pelo Metrópoles, na manhã desta quarta-feira (16/12). Dois deputados da legenda são investigados: José Gomes e Roosevelt Vilela. O partido defende que as investigações sejam feitas com rigor e, caso se comprovem o teor das acusações, “que os envolvidos sejam punidos exemplarmente”.

“O partido tem como uma de suas principais bandeiras a ética e a moralidade e, exatamente por essa razão, instaurou, inclusive, processo na Comissão de Ética contra o deputado José Gomes, em virtude da sua condenação por ilícitos de natureza eleitoral, estando o julgamento convocado para amanhã. O desdobramento das investigações será acompanhado atentamente pelo partido para avaliar eventuais medidas disciplinares”, detalhou Rodrigo.

Veja imagens da operação na CLDF:
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Policiais e promotores fazem buscas na CLDF
Policiais chegaram nesta madrugada à sede da CLDF
Operação é coordenada pela Decor
A ação ocorre um dia depois de a Casa escolher a nova Mesa Diretora
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Policiais e promotores fazem buscas na CLDF

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Promotores do MPDFT também participam da operação

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Polícia Civil do DF investiga o caso, através da 38ª DP (Vicente Pires)

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As operações, reveladas pelo Metrópoles, são denominadas de Alpha 19 e Cidade Livre. As investigações tiveram início na gestão de Rodrigo Rollemberg, governador à época e que pertence ao mesmo partido dos parlamentares suspeitos. As ações têm o objetivo de apurar irregularidades nas emissões de autorizações de uso de bens públicos e concessão de licença pela Administração Regional do Núcleo Bandeirante, assim como o emprego de funcionários comissionados da CLDF em empresa particular e em serviços pessoais da autoridade nomeante e ainda o exercício ilegal de gestão empresarial por parlamentar.

As investigações apontaram que, desde 2015, foram emitidas autorizações de uso de bens públicos, sem o respectivo recolhimento de taxa de aluguel de espaço público, como, por exemplo, o Parque do Núcleo Bandeirante, cedido sem processo licitatório e sem contraprestação para o Poder Público, sendo o uso explorado economicamente por particulares.

Além dos endereços ligados a José Gomes, os investigadores cumprem buscas na Administração Regional do Núcleo Bandeirante. As investigações na PCDF são conduzidas pelo Departamento de Combate à Corrupção (Decor), por meio da Divisão de Repressão a Corrupção (Dicor). O promotores do Ministério Público do DF e Territórios (MPDFT) também participam.

Veja imagens da operação na Administração Regional do Núcleo Bandeirante:
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Ação na Administração do Núcleo Bandeirante
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Prova de lealdade

José Gomes foi condenado pela Justiça Eleitoral por abuso de poder econômico. A defesa do parlamentar questionou a decisão no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e no Supremo Tribunal Federal (STF). O político chegou a ser cassado, mas, em outubro deste ano, o ministro Dias Toffoli suspendeu a decisão, e o parlamentar retomou o mandato.

O empresário é acusado por funcionários da empresa da família, a Real JG Serviços Gerais, de obrigá-los a votarem nele nas eleições de 2018. O caso foi revelado pelo Metrópoles.

Conforme mostrou a reportagem, o parlamentar foi denunciado por trabalhadoras demitidas, após se recusarem a fazer campanha para ele. Estão anexados ao processo áudios de um primo de José Gomes, nos quais ele pede que os empregados fossem leais ao empresário e votassem nele. A primeira suplente de Gomes é a ex-deputada distrital Luzia de Paula (PSB).

Em nota, José Gomes informou “que está tranquilo e que não cometeu nenhum ato ilícito. Ele irá cooperar com as investigações para dirimir qualquer dúvida”.

Veja imagens da operação na Real JG Serviços Gerais:
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Roosevelt Vilela, também alvo da investigação, foi indiciado pela Polícia Federal por crime eleitoral em inquérito que apurou suposto uso de cargos na Administração Regional do Núcleo Bandeirante, Candangolândia e Park Way para captar votos em 2018. As apurações apontaram que o deputado, enquanto administrador das regiões, usou a máquina publica para se beneficiar. Ele teria feito nomeações em troca de votos.

Em nota, o deputado Chico Vigilante (PT) lamentou que “a imagem do Poder Legislativo do DF fica manchada” com a operação realizada nesta manhã. “Obviamente, todos têm direito à ampla defesa prevista na legislação penal. Mas, para que não fique a mácula sobre a Casa e sua administração, é preciso que o presidente Rafael Prudente instaure investigação interna para que os fatos levantados nesse procedimento policial não fique apenas nas questões criminais. É preciso de apuração de eventuais lesões à ética parlamentar. Por isso, a direção da CLDF deve agir com determinação e agilidade e prestar contas à população do Distrito Federal.”

Prudente ainda não se manifestou sobre o caso. Em nota, a Câmara Legislativa confirmou o cumprimento de mandado de busca e apreensão de documentos no gabinete do deputado distrital José Gomes (PSB) “A CLDF estará sempre à disposição dos órgãos investigativos e do poder judiciário para prestar quaisquer esclarecimentos”, informou.

Mesa Diretora

José Gomes foi escolhido, nessa terça-feira (15/12), para a Presidência da Comissão de Fiscalização Governança Transparência e Controle da CLDF. Além disso, ele será o vice de Agaciel Maia (PL) na Comissão de Economia, Orçamento e Finanças. Roosevelt Vilela (PSB) assumiu a Comissão de Segurança.

 

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