“Quantos ainda vão morrer?”, questionam enfermeiros em protesto no DF
Manifestação pacífica ocorreu em frente ao Museu Nacional da República, nesta terça. Profissionais cobraram respeito aos colegas mortos
atualizado
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Profissionais de enfermagem se reuniram nesta terça-feira (12/05) para homenagear colegas de profissão que atuam diretamente no combate à pandemia do novo coronavírus.
A concentração teve início por volta das 17h30, em frente ao Museu Nacional da República. Sobre lonas pretas e com velas nas mãos, os manifestantes seguravam placas com os nomes de todos os profissionais de enfermagem do país que morreram em decorrência da Covid-19.
As 100 pessoas que participaram do ato usavam máscaras e estavam posicionadas a uma distância de 2 metros umas das outras, conforme recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS).
A cada nome anunciado de um enfermeiro morto, um colega de profissão deitava no chão.
Veja imagens do ato:
Ao final da apresentação com o nome das vítimas, os manifestantes questionaram: “Quantos profissionais ainda precisam morrer?”
Depoimento de agressores
Nessa segunda-feira (11/05), a 5ª Delegacia de Polícia (Área Central) ouviu a empresária de Palmas (TO) que aparece em imagens agredindo verbalmente um grupo de enfermeiros na Praça dos Três Poderes, no Dia do Trabalhador (1 de maio). Marluce Gomes, 44 anos chegou por volta das 11h30 e não quis falar com a imprensa.
Além dela, um homem aparece nas imagens insultando os profissionais. Ele era funcionário terceirizado do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos (MMFDH). Trata-se de Renan da Silva Sena, que chegou a xingar e cuspir em enfermeiras.
O depoimento dele estava marcado para a tarde desta terça, na mesma unidade policial. Pelos atos, Renan foi demitido do trabalho no governo.