Quadrilha que fingia trabalhar em tribunais é presa por “golpe do precatório”
Investigações começaram em janeiro último, depois de moradores de Taguatinga denunciarem terem sido vítimas de estelionato
atualizado
Compartilhar notícia
A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), por meio da 17ª Delegacia de Polícia (Taguatinga Norte), deflagrou a Operação Maracanaú, nesta quarta-feira (2/8), a fim de deter uma associação criminosa suspeita de aplicar “golpes dos precatórios”.
Na operação, as equipes cumpriram três mandados de prisão, bem como quatro de busca e apreensão. Os investigados presos, que têm idades entre 27 e 35 anos, foram autuados por estelionato.
As investigações começaram em janeiro último, quando moradores de Taguatinga registraram boletim de ocorrência após serem vítimas de estelionato. Os criminosos atuavam por meio de aplicativos de mensagens e diziam que os alvos tinham precatórios a receber; para isso, porém, deveriam entrar em contato com um suposto escritório de advocacia.
Delegado-chefe-adjunto da 17ª DP, Thiago Boeing afirma que os integrantes quadrilha se passaram por funcionários públicos para enganar as vítimas. “Quando ela retornava o contato, os criminosos confirmavam a liberação [dos precatórios] e redirecionavam o cliente para outro golpista, que se passava por funcionário do Tribunal de Justiça e pedia o pagamento de supostos impostos para disponibilização da quantia”, detalhou o investigador.
Ao longo das investigações, a polícia constatou que os suspeitos atuavam em São Paulo, em Goiás, no Rio Grande do Sul e no Mato Grosso do Sul da mesma forma. Por causa disso, até o momento, a PCDF ainda não pôde determinar a quantidade de vítimas do grupo criminoso.
Os envolvidos no golpe poderão responder pelos crimes de estelionato, na modalidade de fraude eletrônica, além de associação criminosa. Caso condenados, os acusados poderão receber pena de mais de 20 anos de prisão.