Quadrilha que dava golpe em servidores é alvo da polícia
De acordo com as investigações, o grupo, que atuava também no DF, movimentou R$ 50 milhões em dois anos
atualizado
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Policiais civis do Rio de Janeiro cumprem mandado de busca e apreensão na empresa Fênis Eirele, localizada na Asa Norte, em operação contra os crimes de estelionato e lavagem de dinheiro. A ação foi deflagrada nas primeiras horas desta quinta-feira (10/10/2019) e tem como alvo uma quadrilha acusada de dar golpes em servidores públicos.
Além do DF, os investigadores atuam no Rio de Janeiro, São Paulo e Maranhão. Foram expedidos seis mandados de prisão temporária e 36 de busca e apreensão. De acordo com as investigações, o bando movimentou R$ 50 milhões em dois anos.
Os investigados que tiveram prisão temporária decretada são: Roniel Cardoso dos Santos (foto em destaque), apontado como líder da quadrilha, Laylson Santos dos Santos; Luciene Assunção; Luana Cardoso dos Santos; Gabriel Almeida Piquet de Oliveira; e Antônio Bruno dos Santos. Eles podem responder por associação criminosa e crimes contra a economia popular e consumidor.
Os criminosos usavam as empresas Gold Assistência Pessoal Eirele, RC Assistência Pessoal Eirele, Reali Promotora Assistência Pessoal Eirele e Fênis Eirele para que as vítimas, principalmente servidores públicos, fizessem empréstimo consignado. Em seguida, os estelionatários ofereciam pagamento pelos parcelamentos. Os valores eram de 10% a 20% do valor total da dívida. Também alegavam que o dinheiro seria investido em agronegócio.
De acordo com a Polícia Civil, apenas uma das vítimas depositou R$ 100 mil na conta de uma das empresas. Ao menos 200 pessoas caíram no golpe. A polícia obteve informações sobre a movimentação financeira dos investigados por meio de relatórios de inteligência do Conselho de Controle de Atividade Financeira (Coaf).
O homem apontado como líder da organização, Roniel dos Santos, se diz empresário do ramo de eventos. É popular nas redes sociais, tem bandas de forró e programa de TV no Maranhão. O dinheiro obtido com o crime era direcionado para viagens ao exterior e compra de objetos e carros de luxo, segundo os investigadores.
No DF, os policiais do Rio tiveram apoio de uma equipe da Coordenação Especial de Combate à Corrupção, ao Crime Organizado, aos Crimes contra a Administração Pública e aos Crimes contra a Ordem Tributária (Cecor).