Quadrilha clonava carros de luxo no DF e vendia no mercado clandestino
Bando especializou-se na receptação e adulteração de sinais identificadores de veículos, assim como na falsificação de documentos públicos
atualizado
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Uma organização criminosa especializada em clonar veículos de luxo é alvo de operação da Coordenação de Repressão a Crimes Patrimonais (Corpatri) nas primeiras horas desta terça-feira (30/3). Investigadores da Divisão de Repressão a Roubos e Furtos de Veículos (DRFV) cumprem nove mandados de prisão preventiva e 13 de busca e apreensão em Santa Maria e nos municípios de Novo Gama e Luziânia, no Entorno do DF, além de Catalão, em Goiás.
Até as 6h30, sete pessoas haviam sido presas. Durante as buscas, os policiais localizaram R$ 5,5 mil reais, $ 16,4 mil (pesos argentinos), US$ 34 e uma arma. Também apreenderam caminhonetes, como S 10, Hilux e Honda HR-V.
De acordo com as diligências policiais, iniciadas em setembro do ano passado, o bando tem ramificações em Goiás e especializou-se na receptação e adulteração de sinais identificadores de veículos, assim como na falsificação de documentos públicos. Segundo as apurações, o líder do grupo criminoso adquiria e receptava veículos furtados e roubados, escondendo-os para que seus comparsas adulterassem os números de chassi, vidros, motor e placas.
Os criminosos também emitiam documentação falsa (CRLV). Com a clonagem finalizada, o carro era anunciado a uma rede de receptadores que sabia da procedência ilícita. As investigações mostraram que a maioria dos veículos mais novos e caros, como utilitários e esportivos, era vendida e adulterada para receptadores específicos. Automóveis mais baratos costumavam ter suas peças desmontadas para abastecimento de uma rede clandestina de receptação de peças.
Desde 2018, a Corpatri tem informações a respeito das atividades ilícitas estabelecidas pelo líder da organização criminosa, conhecido por ser um grande intermediário de carros furtados e roubados no DF. “Os integrantes desse grupo são velhos conhecidos, tendo sido investigados e presos pela DRRFV, entre os anos de 2013 e 2015, pelos mesmos crimes”, explicou o coordenador da Corpatri, delegado André Leite.
O nome da operação, Rosso Corsa, que significa “vermelho corrida” em italiano, faz referência à cor de um dos veículos clonados pelos criminosos, uma motocicleta italiana Ducati, que foi recuperada durante as investigações.