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PT se incomoda e articula para tirar G. Dias de relatório de CPI no DF

Indiciamento de G. Dias em relatório de CPI do DF é vitória da direita e irrita PT, pois emplaca nome de general que integrava governo Lula

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Marco Edson Gonçalves Dias, ex-ministro chefe do GSI depõe na CPI dos Atos Antidemocráticos do dia 8 de Janeiro, na CLDF 1
1 de 1 Marco Edson Gonçalves Dias, ex-ministro chefe do GSI depõe na CPI dos Atos Antidemocráticos do dia 8 de Janeiro, na CLDF 1 - Foto: Breno Esaki/Metrópoles

Um dos nomes que vai gerar polêmica na sessão final da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), realizada nesta quarta-feira (29/11) na Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF), será o de Marco Edson Gonçalves Dias, o G. Dias. O general, ex-ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) de Lula (PT), deve estar entre os indiciados pelo relator Hermeto (MDB), o que representa uma vitória para a direita e é motivo de irritação para os petistas.

A CPI é presidida por Chico Vigilante (PT), que tenta articular com Hermeto, o relator, a retirada do nome de G. Dias, por entender que não há provas suficientes de indícios de crimes cometidos por ele relacionados ao 8 de Janeiro. A própria presidência nacional do Partido dos Trabalhadores, por meio de Gleisi Hoffmann, dialogou com Chico nas últimas semanas sobre o general e o texto final da Comissão.

O PT entende que indiciar G. Dias gere uma ligação de responsabilidade do governo Lula quanto aos atos antidemocráticos. A esquerda na CLDF, porém, só tem Chico e Fábio Felix (PSol) entre os titulares da CPI, com direito a voto.

Relatório final

O relatório final de Hermeto deve ter mais de 300 páginas e 100 nomes indiciados. São centenas de pessoas que, segundo a investigação, cometeram crimes relacionados aos atos antidemocráticos. Entre elas, há general, coronéis e muitos “patriotas”.

Antes mesmo de ser lido, o relatório já vem gerando polêmica e brigas internas na CLDF. Como o Metrópoles adiantou nesta terça-feira (28/11), o texto pedirá o indiciamento de G. Dias e da coronel Cíntia Queiroz de Castro, subsecretária de Operações Integradas da Secretaria de Segurança Pública do DF.

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General Gonçalves Dias depõe à CPI dos Atos Antidemocráticos, da CLDF
Deputado distrital Fábio Felix (PSol)
A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Atos Antidemocráticos da Câmara Legislativa (CLDF) ouviu o depoimento de Ana Priscila, na manhã de quinta-feira (28/9). Ela é apontada como uma das lideranças do movimento bolsonarista que invadiu os prédios dos Três Poderes, em 8 de janeiro
Deputados distritais na oitiva de Walter Delgatti
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General Gonçalves Dias depõe à CPI dos Atos Antidemocráticos, da CLDF

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A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Atos Antidemocráticos da Câmara Legislativa (CLDF) ouviu o depoimento de Ana Priscila, na manhã de quinta-feira (28/9). Ela é apontada como uma das lideranças do movimento bolsonarista que invadiu os prédios dos Três Poderes, em 8 de janeiro

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O major do GSI José Eduardo Natale

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Presidente vai pedir prorrogação de prazo da CPI

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O autônomo Armando Valentin Settin Lopes de Andrade, 46 anos, acabou detido em flagrante horas depois de participar da invasão às sedes dos Três Poderes

Eurico Eduardo / Agência CLDF
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“Não vou comentar o depoimento do general aqui. Mas houve operação com 500 policiais militares ali parados, esperando autorização do Exército para retirar o acampamento. Alguém vir aqui e dizer que [a PMDF] não agiu, [que] não era atribuição [dela], [que] não estava fazendo, é meio complicado. Precisa ser apurado por essa CPI", afirmou

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Na ocasião, Cid também fez uso do direito ao silêncio em praticamente toda a oitiva

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Militar prestou depoimento ao Supremo Tribunal Federal (STF)

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Além da discordância entre deputados da CPI em indiciar G. Dias, também vem sendo debatida a inclusão do nome de Cíntia, já que o então chefe da coronel no 8 de Janeiro, Anderson Torres, deve ser poupado. Com esse cenário, nomes fortes no âmbito federal acabam blindados pelo relatório.

É o caso dos generais Augusto Heleno, ex-GSI de Bolsonaro (PL), e Gustavo Henrique Dutra de Menezes, ex-comandante do Comando Militar do Planalto (CMP). Também não deve constar no documento final o nome de Mauro Cesar Barbosa Cid, tenente-coronel ex-ajudante de ordens de Bolsonaro.

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