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PSol oficializa conselheira Keka Bagno como pré-candidata ao GDF

Reunião ocorreu de forma híbrida na UnB e pela internet e aclamou a assistente social como primeira candidata negra ao Palácio do Buriti

atualizado

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mulher segurando megafone
1 de 1 mulher segurando megafone - Foto: Divulgação

O PSol fechou questão e oficializou, neste sábado (5/3), a pré-candidatura da conselheira tutelar Keka Bagno ao Governo do Distrito Federal. É a primeira vez na história do DF que uma mulher negra pleiteia o comando do Palácio do Buriti. Aos 33 anos, além de mais jovem pré-candidata ao Executivo, Bagno é assistente social, mestra em Políticas Públicas pela UnB e integra as fileiras tanto do movimento negro, quanto do movimento feminista.

A aprovação veio por unanimidade em reunião do diretório candango, realizada de forma híbrida para evitar aglomerações de filiados. Keka tem como plataformas principais o combate à fome e ao desemprego por meio da instituição de uma Renda Básica Distrital, além da reestruturação do aparato da assistência social.

Bagno foi a mais bem votada conselheira tutelar do DF nas eleições para o cargo em 2019.

No evento partidário, ela pontuou a importância de “ter um governo comandado por alguém que conhece a realidade dos habitantes”. Conforme mostrou o Metrópoles, os Centros de Referência em Assistência Social (Cras) acumulam filas de 260 mil pessoas no Distrito Federal. Crítica às políticas econômica e social do governo Ibaneis Rocha (MDB), ela promete restabelecer a rede de proteção às pessoas em situação de vulnerabilidade na capital.

De acordo com ela, há, na sua candidatura, um reflexo de boa parcela da sociedade. “Para nós, a nossa bandeira fundamental é a renda básica, o combate à fome, ao desemprego, à desigualdade social. É possível. Os governos que tivemos até hoje no DF governam para seus interesses”, comentou à reportagem.

Bagno também indicou que a reversão de privatizações de serviços básicos, como a venda da CEB à espanhola Neoenergia, é ponto de destaque no programa de governo pessolista.

“Atualmente, a população reclama de duas questões: encarecimento da energia, que triplicou de preços desde a concessão, e as quedas de luz. Nosso plano é reverter ao Estado. A gente precisa devolver ao Estado a responsabilidade de formular essas políticas públicas”, pontuou.

No partido, o desempenho nas Eleições de 2018 é inspiração, já que Fátima Sousa, candidata do PSol na ocasião que tinha em Keka sua vice-governadora, chegou a 67 mil votos, à frente das candidaturas de PT e Novo.

Sub-representação

Deputado distrital e pré-candidato à reeleição na Câmara Legislativa, Fábio Felix comemorou a escolha do partido – o qual já dirigiu – para a candidatura ao Executivo. “É uma mulher preta, altamente qualificada, conselheira tutelar mais bem votada do DF”, disse o parlamentar.

Felix também indicou que a candidatura integra uma onda de mudanças “na política em geral”. “Historicamente, a gente tem a tradição de homens brancos, heterossexuais e mais velhos na política formal; a juventude, as mulheres, os povos indígenas são sub-representados no nosso país”,

Cenário eleitoral

Ainda em crescimento na capital da República, o PSol encara as próximas Eleições Gerais como oportunidade para marcar presença na política formal do DF. De acordo com fontes do partido ouvidas pelo Metrópoles, além da reeleição de Fábio Felix, a sigla investirá em outras duas candidaturas à CLDF.

“Mas ainda não há definição das candidaturas proporcionais”, alertou um membro da cúpula do diretório distrital. Outras três candidaturas do partido devem ser lançadas à Câmara dos Deputados.

No campo progressista há movimentos que sugerem uma frente ampla entre PT, PCdoB, PV e PSB. Duas das legendas possuem pré-candidatos ao governo em suas fileiras. Dirigente do Sindicato dos Professores (Sinpro-DF), Rosilene Corrêa é o nome do Partido dos Trabalhadores para o Buriti, enquanto o Partido Verde recebeu o deputado distrital Leandro Grass, que já se lançara ao cargo de governador quando integrava a Rede Sustentabilidade.

Ainda assim, a avaliação é que “há espaço para mudanças também na esquerda”, conforme um dirigente pessolista.

Para Keka, a pré-candidatura ao Buriti não está isolada e mostra um movimento para fortalecer a oposição “ao bolsonarismo” e ao que ela considera como representação de Jair Bolsonaro no DF, com o governo de Ibaneis. “É importante ter uma candidatura própria. Podemos colocar as questões que são caras ao PSol”, completou.

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