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Protesto no QG do DF faz 1 mês. É possível retirar os manifestantes?

Para especialistas, o movimento pode ser enquadrado em alguns crimes, como incitação e animosidade entre os Poderes

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Acampamento de militantes bolsonaristas, em frente ao QG do exército, questionam o resultado das eleições 2022 e pedem apoio a FFAA 6
1 de 1 Acampamento de militantes bolsonaristas, em frente ao QG do exército, questionam o resultado das eleições 2022 e pedem apoio a FFAA 6 - Foto: Vinícius Schmidt/Metrópoles

Há um mês, apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL) reuniram-se em frente ao Quartel General do Exército, no Setor Militar Urbano de Brasília, para protestar contra o resultado das eleições de 2022. Para especialistas, o movimento está perdido, mas não deve desmobilizar-se tão cedo.

A mobilização teve início após Lula (PT) ser eleito como o próximo presidente do Brasil. No Distrito Federal, dezenas de pessoas estão acampadas, desde então, para pedir intervenção federal, tentar impedir a diplomação do vencedor das eleições, bem como pleitear o impeachment de ministros do Supremo Tribunal Federal (STF).

Para o cientista político Carlos Eduardo Novato, as pessoas só continuam no local porque apoiam-se umas nas outras. “As pessoas que ainda estão nessas manifestações acreditam que estão contribuindo para um país melhor, na visão deles”, diz.

Apesar disso, o especialista afirma que o grupo não sabe mais o que esperar, mas têm esperança de “algo”. “A despeito de qualquer frustração eleitoral do bolsonarismo, o silêncio de seu líder tem significado: manter acesa a chama desse movimento.”

Veja imagens do acampamento:

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Empresários donos de caminhões pedem intervenção militar
Bolsonaristas na frente do QG do Exército
Manifestantes estão acampados em frente ao QG do Exército, em Brasília, há 15 dias
Manifestantes pedem intervenção contra resultado das urnas
Bolsonaristas não reconhecem a eleição de Lula para a presidência do Brasil
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No acampamento em frente ao QG do Exército, bolsonaristas pedem: "S.O.S, Forças Armadas"

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Empresários donos de caminhões pedem intervenção militar

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Bolsonaristas na frente do QG do Exército

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Manifestantes estão acampados em frente ao QG do Exército, em Brasília, há 15 dias

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Manifestantes pedem intervenção contra resultado das urnas

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Bolsonaristas não reconhecem a eleição de Lula para a presidência do Brasil

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Grupo acampa no local há dias

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Apoiadores do presidente Jair Bolsonaro participam de manifestação contra o resultado das urnas

Wey Alves/ Especial Metropoles

Segundo o cientista político, órgãos reguladores têm poder para retirar os manifestantes do local, porém, não há vontade política.

“Todo movimento, nesta questão, é político. É como um jogo da Copa entre dois times muito bem convictos de suas estratégias e que tende a terminar num 0 a 0, provavelmente com alguns jogadores lesionados, outros suspensos para os próximos jogos”, disse.

Crimes

O advogado criminalista Luís Henrique Machado explica que há a possibilidade de as pessoas que participam dos atos no QG responderem legalmente. “O agente responderia por incitar, publicamente, a animosidade entre as Forças Armadas e os Poderes e instituições”.

Para ele, trata-se de crime de perigo abstrato. “Levando em consideração que se trata de crime formal, a incitação se consuma com o mero de estimular a animosidade. A própria Polícia Militar poderia dar voz de prisão em flagrante caso se entendesse pela tipificação do artigo 286 parágrafo único do Código Penal”, explica.

Apesar disso, a PMDF e a Secretaria de Segurança Pública do DF mantêm o posicionamento e afirmam que “acompanham” as mobilizações. Até o momento, não houve prisão ou tentativa de retirada dos manifestantes do QG.

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