Protesto na Esplanada cobra apoio do governo ao setor de turismo
Cerca de 100 veículos percorreram também o Eixo Monumental. Entre outras reivindicações, eles pedem diminuição de impostos
atualizado
Compartilhar notícia
Uma carreata em nome do turismo do Distrito Federal tomou conta do centro de Brasília entre a manhã e o início da tarde desta quinta-feira (28/05). Cerca de 100 vans, ônibus e outros veículos percorreram o Eixo Monumental e a Esplanada dos Ministérios para pedir ajuda ao setor.
A Associação Brasiliense de Turismo Receptivo (Abare) foi a responsável pela manifestação, com o objetivo de solicitar ao Governo do Distrito Federal apoio durante a pandemia do novo coronavírus. As principais reivindicações são diminuição dos impostos, isenção do Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA) e a flexibilização de crédito.
“O objetivo é cobrar uma assistência do GDF nesse momento de crise. Além disso, os representantes da nossa categoria se unirão para uma causa mais que nobre: arrecadar cestas básicas que serão doadas para instituições carentes do DF. A ajuda é bem-vinda de todos os lados nesse período que vivemos”, afirma Reinaldo Ferreira, presidente da Abare, que faz parte do Conselho de Desenvolvimento de Turismo do Distrito Federal.
O grupo já havia feito protesto semelhante no dia 30 de março. Sem hóspedes, pontos turísticos abertos ou eventos programados, 2020 já passou a ser considerado um ano perdido para o segmento.
Conforme lembra o presidente do Sindicato de Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares de Brasília (Sindhobar), Jael Silva, somente no primeiro mês da pandemia foram 4.267 demissões no setor. Dados da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) estimam que o turismo no Brasil perdeu R$ 2,2 bilhões somente na primeira quinzena de março.
O setor ainda propõe ao Executivo local alternativas que ajudariam o setor de transporte receptivo turístico de Brasília. São elas: pagamento de auxílio emergencial de R$ 3 mil por veículo; incorporação de toda a frota para atuar nos contratos públicos e inclusão no transporte público de passageiros do DF.
Reinaldo Ferreira, da Abare, cita um decreto para incluir o setor de turismo receptivo como atividade essencial durante a pandemia, que foi publicado nas últimas semanas em edição extra do Diário Oficial da União. “Se é essencial tem que ser remunerado com algum auxílio mesmo que parado. Se é essencial porque não está sendo usado de forma essencial pelos governos?”, questiona Reinaldo.
Apoio da Secretaria de Turismo
A própria secretária de Turismo, Vanessa Mendonça, recebeu as reivindicações e informou aos representantes da Abare as ações que estão em andamento. Eles, então, se reuniram com o vice-governador, Paco Britto, e o diretor do Banco de Brasília (BRB), Luiz Carlos Formigari, no Palácio do Buriti.
Um dos assuntos debatidos foram as linhas de crédito. “Quando a crise começou, conversamos com o presidente da Abare sobre o que era mais urgente e, de imediato, o Banco de Brasília (BRB) lançou a linha de crédito. Também foram identificadas ações para o momento da retomada, que sabemos será pelo turismo interno”, afirmou Vanessa Mendonça.
“Por determinação do governador Ibaneis Rocha, estamos reunindo com vários setores da economia para avaliar como auxiliar nesse momento de crise e também para discutir a forma de retomada das atividades sem colocar a população em risco”, reforçou Paco Britto.