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Protagonistas de superações chegam a 2019 com mais vontade de viver

Dificuldades vencidas em 2018 renovam as esperanças de diversas pessoas e as motivam a lutar por novas conquistas no novo ano

atualizado

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Brasília (DF), 31/12/2018  Exemplos de superação em 2018 Carolina Freza Local: SQNW 107, bloco B, apto 519  Foto: Hugo Barreto/Metrópoles
1 de 1 Brasília (DF), 31/12/2018 Exemplos de superação em 2018 Carolina Freza Local: SQNW 107, bloco B, apto 519 Foto: Hugo Barreto/Metrópoles - Foto: Hugo Barreto / Metrópoles

“Viver intensamente” é a principal resolução de ano-novo da nutricionista Carolina Freza, de 28 anos. Ela é uma das pessoas que passaram por uma história de superação em 2018 e pretendem deixar o sofrimento para trás. Carol se curou de um câncer e renovou suas expectativas, assim como Maria, que viu seu bebê se recuperar de um problema no coração, e o vendedor ambulante Antônio Carlos, cujos filhos chegaram a faltar aula por não terem o que comer. Agora, eles trazem uma mensagem de esperança para 2019.

Mesmo jovem, Carolina passou quatro anos lutando contra o linfoma de Hodgkin, um câncer que ataca o sistema linfático. No fim de 2018, ela foi submetida ao tratamento mais agressivo: um transplante de medula combinado com fortes quimioterapias. Depois de 21 dias internada, o exame apontou que não há mais células cancerígenas no seu corpo.

O transplante foi o marco para encerrar o ciclo. Você ‘reseta’ o seu corpo. Enfrentar essa internação me deu sensação de uma vida nova, mais livre

Carol Freza, após superar o câncer
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Viver a vida intensamente é seu maior desejo de 2019
Carol Freza descobriu o câncer em 2014
Cão Buda acompanha Carol no dia a dia
Carol Freza, 28 anos
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Carol sonha em ampliar a empresa de alimentação saudável para ajudar pessoas a viverem bem

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Viver a vida intensamente é seu maior desejo de 2019

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Carol Freza descobriu o câncer em 2014

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Cão Buda acompanha Carol no dia a dia

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Carol Freza, 28 anos

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Há cerca de dois meses, a jovem está morando em um apartamento novo com o noivo

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Fim do tratamento contra o câncer deu novo sentido à vida

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Nos anos de tratamento, a nutricionista conta nunca ter deixado a doença limitar seus objetivos. Junto ao noivo, abriu uma empresa de alimentação saudável. Ao mesmo tempo, compartilhou seu dia a dia no Instagram com incentivos a pessoas que também enfrentam a doença. Para ela, o estilo de vida foi fundamental para seguir firme em busca da cura.

Em 2019, Carol espera ampliar o negócio e apoiar ainda mais os pacientes com câncer. “Quero tornar a empresa maior para alcançar mais pessoas e mudar vidas. Quero ajudar mais pessoas que estão passando por esse problema. Sinto que é uma missão.”

O sorriso no rosto fez com que os momentos mais difíceis se tornassem mais leves. Em 2018, raspou a cabeça pela segunda vez. Em vez de lamentar por ter que se desfazer dos fios, transformou o momento em boa ação e arrecadou doações (veja o vídeo abaixo). “Foi emocionante. Eu chorei, mas não foi por tristeza”, relembra.

Coração
Jhennyfer Victória, de 5 meses, ficou entre a vida e a morte em setembro de 2018 passado. A mãe dela, Maria Amorim de Souza, de 40 anos, deixou o emprego e precisou brigar na Justiça para que a bebê tivesse acesso a atendimento de saúde adequado, no Instituto Cardiológico do Distrito Federal (ICDF). A menina, internada logo quando nasceu, precisaria de uma cirurgia no coração porque sofre de cardiopatia congênita.

Em outubro, a pequena passou por um cateterismo e uma boa notícia surgiu: talvez só precise fazer uma operação mais complexa quando for maior. Mãe e filha estão na casa onde moram, em Girassol, no Entorno do Distrito Federal, e a bebê respira sem ajuda do aparelho de oxigênio, ao qual a mãe recorre apenas em momentos de inquietação.

Eu via os outros passando por isso, mas não é a mesma coisa quando é com você. Ela veio para me ensinar. Eu sei que Deus existe no mundo e eu aprendi a confiar nele

Maria Amorim de Souza, mãe de Jhennyfer Victória
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Bebê não faz mais uso contínuo do aparelho de oxigênio
Mãe e filha juntas em casa
Menina chegou a ficar meses internada
Cirurgia no coração pode ser realizada quando ela for mais velha
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Jhennyfer Victória fez um cateterismo e já está nos braços da mãe em Girassol (GO)

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Bebê não faz mais uso contínuo do aparelho de oxigênio

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Mãe e filha juntas em casa

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Menina chegou a ficar meses internada

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Cirurgia no coração pode ser realizada quando ela for mais velha

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Com melhora na saúde da filha, Maria Amorim pretende voltar a trabalhar

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Em janeiro, Jhennyfer vai passar pela primeira revisão médica de 2019. Com expectativa de que seja um ano melhor, Maria pretende retomar o emprego no supermercado onde trabalhava, para voltar a sustentar a casa. “Só espero a recuperação de minha filha e das outras crianças do hospital. Espero que seja um ano de muita saúde, de recuperação e superação para ela.”

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A criança viveu drama desde o dia de seu nascimento
Relatório médico de Jhennyfer
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Jhennyfer internada aos 2 meses

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A criança viveu drama desde o dia de seu nascimento

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Relatório médico de Jhennyfer

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Solidariedade
Antônio Carlos Silva Sousa, de 35 anos, viu os dois filhos pequenos passarem fome quando seu único meio de sustento lhe foi retirado, em 2018. Vendedor ambulante, ele perdeu o carrinho e toda a mercadoria durante uma ação da Agência de Fiscalização do Distrito Federal (Agefis), que apreendeu o material.

Sem a renda de R$ 1 mil, que pagava o aluguel, a alimentação e as despesas da família, ele começou a catar latinhas. Ao descobrir que as crianças faltaram a vários dias de aula porque estavam com fome, a professora Keila Oliveira, da Escola Classe 3 de Ceilândia Norte, iniciou uma campanha de solidariedade e arrecadou doações para a família. 

Depois que a história foi divulgada, Antônio recebeu uma proposta de emprego. No entanto, não pôde começar a nova atividade em 2018 porque não tinha carteira de trabalho, e a de identidade não estava em boas condições. Com os novos documentos, ele pretende começar seu primeiro emprego formal, como empacotador, em 2019. Junto à expectativa, vem um sonho antigo: a casa própria.

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Antônio era ambulante e passou a trabalhar como catador após ter mercadorias apreendidas durante fiscalização
Antônio separa o dinheiro para comprar a comida em casa e dá as moedas para que os meninos lanchem na escola
Antônio sai de casa por volta das 22h e só volta de madrugada, após sua busca por latinhas de alumínio
Venda de latinhas rende apenas R$ 200 por mês
Proprietário do imóvel perdoou três meses de aluguel atrasado, mas exigiu a desocupação
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Professora organizou uma campanha após alunos faltarem a aulas por não terem o que comer no almoço

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Antônio era ambulante e passou a trabalhar como catador após ter mercadorias apreendidas durante fiscalização

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Antônio separa o dinheiro para comprar a comida em casa e dá as moedas para que os meninos lanchem na escola

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Antônio sai de casa por volta das 22h e só volta de madrugada, após sua busca por latinhas de alumínio

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Venda de latinhas rende apenas R$ 200 por mês

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Proprietário do imóvel perdoou três meses de aluguel atrasado, mas exigiu a desocupação

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Família terá de deixar imóvel onde mora, por falta de aluguel

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Mãe dos meninos comoveu a professora ao contar que motivo das faltas era fome

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Joyce não trabalha e dedica o tempo aos cuidados com a casa e os filhos

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Muitas vezes, há apenas arroz e feijão para o almoço

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Ajuda após campanha será usada para pagar aluguel, alimentos e gás de cozinha

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Antônio e a esposa, Joyce, moram em uma casa alugada em Ceilândia

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Antônio Carlos Sousa cata latinhas de alumínio para sustentar a família

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Criança chegou a se sentir mal devido à fome durante aula

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As crianças voltaram a estudar normalmente e, assim que as férias acabarem, vão iniciar um novo ano letivo com mais dignidade. “Estou animado. Nunca abaixei a cabeça. Com fé em Deus, a gente pretende juntar dinheiro. Meu sonho é deixar uma casa para os meus filhos. A gente não pode pensar só na gente, tem que pensar no próximo”, diz o pai.

As coisas foram mudando e a gente está conseguindo as nossas coisinhas. Em 2019, temos expectativas de ter tudo de bom. Queremos ter saúde, principalmente, porque as coisas materiais não adiantam nada se não tiver saúde e fé em Deus

Joyce Priscila Sousa, mulher de Antônio Carlos

Tempo
Vânia Borges de Carvalho, 49 anos, descreveu a trajetória de sua vida no livro Pérolas do Asfalto, após perder os quatro filhos e o marido em um acidente de carro na BR-020, em 2010. Em 2019, ela vai se dedicar a duas novas publicações, sendo um dos títulos Minhas Pérolas não Ficaram no Asfalto.

“Pretendo continuar palestras, lançar esse novo livro. Vou dar continuidade ao grupo de apoio e formar outros se for possível. O tempo colabora quando a gente se propõe a fazer algo e não ficar na inércia”, conta.

Uma ação simbólica marcou o fim de 2018 para Vânia e outros pais que perderam filhos em tragédias. Eles criaram, no Parque Olhos D’Água, um espaço chamado Bosque dos Anjos, em homenagem às vítimas. “Uma linda e nobre iniciativa que nos deu a oportunidade de ressignificar as nossas dores em um ambiente mais leve, em meio à natureza”, comentou. 

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Bosque dos Anjos é espaço criado no Parque Olhos D’Água
Ipê foi plantado no espaço
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Mais de 200 pais estiveram presentes na inauguração do local

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Bosque dos Anjos é espaço criado no Parque Olhos D’Água

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Ipê foi plantado no espaço

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