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Proposta para PM e CBMDF prevê incorporação de auxílio-moradia

Parlamentares do DF e representantes das categorias elaboraram texto que estabelece reajuste de 37,5% em quatro parcelas anuais

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Protesto no STF durante votação HC Lula – Brasília(DF), 22/03/2018
1 de 1 Protesto no STF durante votação HC Lula – Brasília(DF), 22/03/2018 - Foto: Daniel Ferreira/Metrópoles

Representantes dos policiais e bombeiros militares do Distrito Federal elaboraram proposta de aumento salarial nesta sexta-feira (11/10/2019). A ideia é que o reajuste de 37,5% seja dado em quatro parcelas: a primeira em 2019 e a última em 2022.

Junto ao líder da bancada do Distrito Federal no Congresso, senador Izalci Lucas (PSDB), e ao deputado distrital Roosevelt Vilela (PSB), as associações das categorias fizeram os cálculos e aceitaram incorporar nas remunerações o auxílio-moradia. O assunto foi tratado em reunião no Congresso Nacional.

À reportagem, Izalci, que também é vice-líder do governo no Senado, disse que a sugestão chegará ao governador Ibaneis Rocha (MDB) na próxima semana. “Vamos mandar para o governador, porque cabe a ele encaminhar a medida provisória para o Planalto. Vamos mandar também ao presidente Jair Bolsonaro, apenas para conhecimento”, afirmou.

Em vídeo gravado após a reunião realizada no Senado nesta sexta-feira, Izalci assinalou que o reajuste é o mesmo que deve ser dado à Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) e não causará rombo nas contas públicas. “Tem impacto totalmente viável, há recurso para convocar novos policiais, e não há nenhum prejuízo para o DF, muito pelo contrário”, destacou.

A intenção é encaminhar também uma minuta da medida provisória com reajuste para as três forças de segurança pública. Em fevereiro, Ibaneis entregou ao governo federal a reivindicação do aumento de 37% para os policiais civis, mas a proposta está travada na Esplanada.

Confira:

Izalci quer que a medida provisória chegue ao Congresso antes da aprovação do Projeto de Lei n° 1.645, matéria que trata da reforma da Previdência das Forças Armadas e dos militares estaduais. O texto está em discussão na Câmara dos Deputados. “Espero que o governador possa encaminhar o mais rapidamente possível ao nosso presidente Jair Bolsonaro, para que ele mande imediatamente a medida provisória para essa Casa”, declarou.

Presidente da Associação dos Oficiais do Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal (Assof), o coronel Eugênio Cesar Nogueira pontuou que a incorporação do auxílio-moradia na remuneração será uma vantagem para o Executivo local. “O GDF [Governo do Distrito Federal] passará a receber o Imposto de Renda desse provimento e resolverá a questão judicializada que rondava os militares”, disse.

Ânimos acirrados

A reunião ocorre após uma semana tensa entre os sindicatos que representam as corporações. No último fim de semana, o presidente Jair Bolsonaro disse que só dará reajuste aos servidores da Polícia Civil se, ao mesmo tempo, forem contempladas a Polícia Militar e o Corpo de Bombeiros.

O Sindicato dos Policiais Civis do Distrito Federal (Sinpol-DF) não se contentou com a declaração do presidente. Para o Sinpol, Bolsonaro “está ciente do pleito dos policiais civis”, mas desconhece a realidade das forças de segurança do Distrito Federal.

Como reação, entidades que representam policiais militares e bombeiros reclamaram e disseram que os aumentos concedidos nos últimos anos foram para diminuir o “abismo” salarial e de progressão de carreira existente entre as três forças.

Após a escalada de declarações polêmicas dos sindicatos, o governador Ibaneis Rocha disse ao Metrópoles, na noite dessa quarta-feira (09/10/2019), que é “integralmente favorável” ao aumento salarial para policiais e bombeiros militares do DF.

O chefe do Executivo local informou ter autorizado os secretários de Economia, André Clemente, e de Segurança Pública, Anderson Torres, a conversarem com os representantes das categorias a fim de elaborar proposta a ser encaminhada ao presidente Jair Bolsonaro.

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