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Promotor diz que provas contra Adriana “são excelentes”

Já advogado afirma que “farsa criada pelo MPDFT e pela Corvida, que tentou incriminar a Adriana de forma covarde, está sendo desmontada”

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1 de 1 Adriana-villela-4 - Foto: Andre Borges/Especial para o Metrópoles

O promotor Marcelo Leite Borges fez um balanço dos três primeiros dias do julgamento de Adriana Villela (foto em destaque), acusada de ser a mandante do triplo homicídio da 113 Sul. “As provas estão excelentes para a condenação da acusada. Os depoimentos expõem muito bem o que ocorreu. O nosso balanço é o melhor possível”, afirmou.

Segundo ele, a carta lida pelo procurador Maurício Miranda, do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT), aos jurados, nessa quarta-feira (25/09/2019), “deixa muito claro a questão da briga que tinha entre a mãe e a filha por questões financeiras”. “É justamente o que a gente entende como o motivo do crime. Essa carta foi apreendida no escritório de Maria Villela [mãe de Adriana] durante as investigações pela 1ª DP [Asa Sul]. Ali fica muito claro que o motivo da discussão era financeiro”, acrescentou Borges.

Antônio Carlos de Almeida Castro, o Kakay, também avaliou os três primeiros dias de júri. “Estamos desmontando uma farsa que foi criada pelo MPDFT e pela Corvida, que tentou incriminar a Adriana de forma covarde. Ela recebeu uma carta dura da mãe em 2006, que representa um momento que teve um problema de relacionamento com dona Maria. No entanto, a acusação não considerou dezenas de cartas e e-mails que estão nos autos e são absolutamente amorosas, recebidas após essa carta. Isso é deslealdade”, ressaltou.

“Agora nós teremos que fazer um enfrentamento com as demais testemunhas que virão e dirão quem é a Adriana. Vamos tirar essa impressão de uma mulher que teria um problema grave com os pais. Isso absolutamente não corresponde à realidade”, completou.

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A carta usada pelo Ministério Público a fim de reforçar a tese de relacionamento ruim entre Adriana Villela e a mãe, Maria Villela, 69 anos, mostra a advogada se queixando com a filha. “A nossa paciência se esgotou”, começa assim o texto datado de 15 de setembro de 2006, quase três anos antes do assassinato da advogada, do marido dela, o ex-ministro do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) José Guilherme Villela, 73, e da empregada do casal, Francisca Nascimento da Silva, 58. O triplo homicídio ocorreu em 28 de agosto de 2009.

No texto, apresentado nos autos pela acusação, Maria mostra-se descontente com a filha. “Estamos cansados dos seus destemperos. Se você sofre de agressividade compulsiva, procure um tratamento adequado, porque isso está lhe fazendo muito mal”, escreveu. “Há alguma coisa errada com você. Quem se dirige dessa maneira aos pais não merece ser tido como um filho”, afirmou.

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